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Embaixador do Iraque em Lisboa chamado a Bagdad

23 ago, 2016 - 12:10

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Bagdad convocou o embaixador do Iraque em Portugal, pai dos dois jovens suspeitos de terem agredido um outro adolescente em Ponte de Sor. A notícia está a ser avançada pela RTP, que cita a imprensa iraquiana.

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O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Iraque convocou o embaixador do país em Portugal, pai dos dois jovens suspeitos de terem agredido Rúben Cavaco, de 15 anos, em Ponte de Sor.

Segundo a RTP, a notícia está a ser avançada pela imprensa iraquiana, que refere que o diplomata terá sido chamado para falar sobre este caso.

Na segunda-feira, os filhos do embaixador do Iraque quebraram o silêncio sobre o caso. Em declarações à SIC, garantem que não tencionam deixar Portugal até que tudo esteja resolvido.

Os dois gémeos dizem que rezam pela recuperação de Rúben Cavaco, que se encontra internado em estado de coma após ter sido agredido na última quarta-feira. Os jovens admitem que responderam a agressões, mas não se consideram acima da lei. Afirmam que não invocaram a imunidade diplomática e cumpriram "todos os procedimentos policiais".

Apontam o dedo à comunicação social portuguesa, que acusam de se estar "a aproveitar" desta situação e de colocar a opinião pública contra eles: “Só este caso é que tem recebido tanta atenção, mas posso garantir que situações como esta acontecem todos os dias em Portugal”.

Consideram que, neste caso de violência em Ponte de Sor, todos foram vítima das circunstâncias.

“Quando estamos numa situação como esta, é uma receita perigosa. Quando temos adolescentes, álcool, uma mentalidade de grupo, as coisas descontrolam-se. Não diria que sou uma vítima do Rúben ou o Rúben foi uma vítima de mim, mas diria que nós, colectivamente, somos vítimas de uma circunstância que é muito fácil de acontecer em Portugal”, argumentou um dos filhos do embaixador iraquiano.

As autoridades começaram por registar, durante a madrugada de quarta-feira, dia 17 de Agosto, um desentendimento entre a vítima e os supostos agressores junto a um bar daquela cidade alentejana. Mais tarde, segundo o oficial, os dois rapazes terão agredido a vítima na Avenida da Liberdade, no centro de Ponte de Sor.

Haider e Ridha, dois irmãos gémeos, de 17 anos, são os suspeitos das agressões. Um dos irmãos era aluno de uma escola de aviação sediada no aeródromo de Ponte de Sor, a G Air Training. A escola anunciou que vai expulsá-lo. A embaixada do Iraque em Portugal alega que os jovens foram atacados por seis rapazes, alvo de insultos racistas e responderam a agressões.

Rúben Cavaco foi encontrado inanimado por trabalhadores do município que recolhiam o lixo. Foi assistido no centro de saúde, mas teve de ser transportado de helicóptero para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Já foi alvo de uma intervenção cirúrgica à cabeça e ao rosto e, esta terça-feira, saiu do coma induzido e deixou a unidade de cuidados intensivos do hospital.

Os menores foram detidos poucas horas depois do espancamento, mas depois de mostrarem o passaporte diplomático acabaram por ser libertados.

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  • Não importa
    23 ago, 2016 Algures 21:18
    O que é que esses dois ainda estão a fazer soltos? Já deviam estar presos pelo mal que fizeram!!!!
  • Tânia Lopes
    23 ago, 2016 Almada 19:04
    São vitimas das circunstâncias? Portugal porporciona estas situações? Existe um Mundo muito mais violento que este cantinho de Paz!!! Cabe a formação, respeito e integridade de cada um para lidar com elas. E a comunicação social embora muitas vezes sensacionalista, apenas apurou fatos, inrefutáveis! Neste caso foi crucial trazer a "lume" e ajudar a desvendar este caso tão lamentável, e desumano, porque deixar alguém violentado à merce da sorte em agonia não me parece ser apenas resultado das circunstâncias.
  • josé teixeira
    23 ago, 2016 mira 17:33
    o sr. ministro dos negócios estrangeiros que pense positivamente , porque a culpa não terá que morrer solteira ., porque então é e será o petroleo a falar mais alto., a imunidade é uma grande responbsabilidade por parte da diplomacia , mas aonde neste caso está a responsabilidade estes meninos da mamã iraquiana teem que ser responsabilizados e obrigados a pagar pelo que fizeram , e a índeminizar o Ruben Cavaco com valores para uma vida., e ainda que os senhores juíses que julgarem este caso que não sejam moles e apliquem um exemplar castigo em termos monetários de forma a contribuir para um alivio ao Ruben cavaco
  • PAULA
    23 ago, 2016 Lisboa 17:25
    «Coisas destas acontecem todos os dias em Portugal!» Que eu saiba em Portugal não se espancam jovens todos os dias, quase até à morte! Vejam-se os índices de criminalidade na noite em Portugal e comparem-se com os de outras cidades europeias, já para não falar com o que se passa no Iraque. Sinto-me chocada e ofendida, enquanto portuguesa, com o facto de estes dois irmãos falarem tão prontamente de «racismo»... admito que existam algumas pessoas racistas em Portugal... admito que na noite fatídica tenham sido pronunciados comentários racistas (embora me custe a perceber como é que os dois irmãos os entenderam se nem português falam), agora, meus queridos meninos mimados, não acusem o povo português de ser racista... o povo português é dos mais acolhedores do mundo e o racismo não é, de todo, coisa que nos esteja nas veias! Creio que o mesmo não pode dizer-se sobre os iraquianos, já que o racismo no Iraque é socialmente incutido desde a mais tenra idade, revestindo-se ele da palavra de Alá ou disfarçando-se de outra forma qualquer. É revoltante e absolutamente inaceitável!
  • Helder
    23 ago, 2016 Porto 17:03
    Sem embaixada já nenhum põe cá os pés...
  • Maria
    23 ago, 2016 Lisboa 16:44
    É impressionante a falta de carácter destes meninos sem formação e com uma cobardia enorme, dois rapazes com 17 anos, atropelarem e agredirem violentamente um miúdo de 15 anos, sozinho sem qualquer defesa. Meus senhores a única vitima é o Ruben e espero que a culpa não morra solteira.
  • Manuel Petiz
    23 ago, 2016 Porto 16:29
    Aqui temos 2 dignos representantes de Uday & Qusay, para quem não sabe eram os filhos de Saddam Hussein. A comportarem-se desta maneira, que não se espantem se terminarem de forma semelhante!
  • CAMINHANTE
    23 ago, 2016 LISBOA 15:50
    "Não diria que sou uma vítima do Rúben ou o Rúben foi uma vítima de mim, mas diria que nós, colectivamente, somos vítimas de uma circunstância que é muito fácil de acontecer em Portugal”. - O Ruben não vítima de ninguém; a culpa é de Portugal. "A embaixada do Iraque em Portugal alega que os jovens foram atacados por seis rapazes, alvo de insultos racistas e responderam a agressões." - foram atacados por 6 rapazes, mas os Iraquianos estão óptimos de saúde e o Ruben a roçar a morte ou a ficar com sequelas irreparáveis. Arrogância, falta de vergonha, de ética, de remorso.
  • Celeste silva
    23 ago, 2016 Albufeira 15:40
    Os iraquianos são uns coitadinhos. Dizem eles que em Portugal, casos destes há todos os dias. Na terra deles, a cada minuto são centenas. A vida não tem qualquer valor. Na volta ainda passam a queixosos,sem quaisquer marcas de agressões. Meninos mimados e julgam-se acima da lei. Vamos ver se a culpa não morre solteira e,tratar este caso como deve ser,para que sirva de exemplo. Isto é Portugal! !
  • Pedro Silva
    23 ago, 2016 Mafra 14:56
    Abandono de uma vítima sem prestar auxílio, só por si já é um crime grave. Ainda por cima, sendo eles os autores das agressões. Isto, claro está, num país ocidental e num estado de direito.

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