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Manifesto pede que todas as despesas de educação contem para o IRS

23 ago, 2016 - 00:27

Cada contribuinte perde, no mínimo, 90 euros por ano com o actual regime que limita as deduções às despesas com taxa de 6% ou isentas de IVA.

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A Deco lançou um manifesto exigindo ao Governo que todas as despesas escolares possam ser descontadas no IRS, acabando com a actual situação que permite apenas apresentar as despesas com taxa de 6% ou isentas de IVA. São 180 milhões de euros que o Estado não está a devolver aos contribuintes.

Todas as pessoas podem participar neste manifestado através do site www.cortenadespesaescolar.pt onde se pede ao Governo a revisão do regime de deduções referente às despesas de educação, para que todos os materiais escolares, sem excepção, possam ser apresentados em sede de IRS.

Em 2015, o anterior Ministério das Finanças decidiu que só contavam como despesas de educação as que estivessem isentas de IVA ou tivessem taxa de 6%.

"Com esta medida inexplicável, despesas obrigatórias que as famílias têm de suportar no âmbito da educação dos seus filhos passaram a ficar injustamente de fora das deduções no IRS: transportes, alimentação, materiais escolares e alojamento", sublinha a DECO em comunicado.

Segundo as contas da associação, a actual situação significa que existem cerca de 180 milhões de euros que o Estado não devolve todos os anos aos contribuintes portugueses. Cada contribuinte perde, no mínimo, 90 euros por ano com o actual regime, avançou à Renascença Ernesto Pinto, porta-voz da Deco, o qual espera que a alteração da actual lei possa ser feita a tempo do IRS do próximo ano.

O manifesto a pedir a alteração da lei será entregue na Assembleia da República.

As assinaturas reunidas pelo Manifesto serão também entregues à AT - Autoridade Tributária e Aduaneira de modo a poder influenciar as autoridades legislativas para reverem o actual regime de deduções de despesas de educação com vista a que o valor pago por todos os materiais escolares, sem excepção, possa ser dedutível em sede de IRS.

A situação actual pode, em muitos casos, impedir que o contribuinte consiga aproveitar o benefício fiscal máximo das despesas de educação, ou seja, 30% dos montantes gastos com o limite de 800 euros. Para se atingir este valor, o agregado, na sua totalidade, tem de ter um conjunto de despesas anuais de 2.667 euros.

Quem participar no manifesto, até 30 de Setembro através da página na internet, irá receber um talão de desconto para compras de material escolar numa das maiores cadeias de papelarias e material de escritório.

Comentários
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  • Carlos Reis
    23 ago, 2016 Coimbra 11:50
    Não me digam que não vou poder deduzir a despesa que tenho com o táxi que leva todos os dias o meu filho para o colégio. É que moro a 800 metros do colégio mas o rapaz não quer ir a pé, pois deita-se todos os dias tarde e de manhã não quer sair da cama a tempo. Isto não pode ser, é uma violência para os contribuintes.
  • Professor Martelo
    23 ago, 2016 Amaraleja 09:29
    Não é descontar no IRS. Se o ensino é obriogatório até ao 12º ano devia ser tudo grátis: livros, cadernos, esferográficas, lápis, ... Se alguém for para tribunal ganha, se o estado obriga tem de pagar. Há países em que é assim Inglaterra, suécia, dinamarca, finlândia, ...
  • António
    23 ago, 2016 Peres 09:07
    A carga fiscal (impostos indirectos, taxas, cortes nas deduções...) parece ter aumentado para as famílias de classe média SEM funcionários públicos no seu agregado... E, como temos visto, os "tachos" e os "boys" continuam aí... Tenho muita pena!!!
  • paulo
    23 ago, 2016 v 08:59
    não há dúvida que o antigo governo era mesmo amigo das pessoas!........
  • vitor
    23 ago, 2016 lisboa 08:33
    Pela imagem que vejo deve ser em Angola, Moçambique, etc, e não temos nada a ver com isso.
  • José Silva
    23 ago, 2016 Braga 01:27
    "Quem participar no manifesto, até 30 de Setembro através da página na internet, irá receber um talão de desconto para compras de material ", está tudo dito.

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