27 jul, 2016 - 07:19
Na quinta e sexta-feira os trabalhadores da saúde vão estar em greve. Trata-se de uma paralisação convocada pelos sindicatos afectos às duas centrais sindicais - CGTP e UGT - em defesa da aplicação das 35 horas de trabalho no sector.
José Abraão, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública, não tem dúvidas que o protesto vai afectar os utentes.
"As consultas externas hão-de sofrer perturbações, assim como nos blocos operatórios, mesmo nas urgências o tempo de espera no atendimento. Estou certo que haverá perturbação nos serviços de saúde de tal modo que o Governo vai perceber que é preciso negociar as 35 horas para os trabalhadores com contrato individual de trabalho", afirmou à Renascença.
De fora do protesto ficaram os médicos, mas ainda assim não vão conseguir trabalhar normalmente, afirma o sindicalista.
Os sindicatos exigem ainda “o pagamento de todo o trabalho extraordinário pelas percentagens originais e a admissão de pessoal", disse a coordenadora da CGTP, Ana Avoila, na conferência de imprensa feita no início de Julho, para anunciar a greve.
A redução do horário laboral na Função Pública, de 40 para 35 horas, entrou em vigor no dia 1 de Julho, mas em sectores sensíveis, como na saúde, a medida não teve efeito imediato.