Operação Marquês. “Ninguém mais do que nós pretende dar o despacho final neste processo"

O director do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) não garante que haja uma decisão sobre a “Operação Marquês” em Setembro.

Amadeu Guerra fixou, em Março passado, a data de 15 de Setembro como limite para encerrar a investigação: nesse prazo terá de ser decidido arquivar o processo ou deduzir acusação sobre os arguidos, entre os quais está o antigo Primeiro-ministro José Sócrates.

Em entrevista à SIC, esta quarta-feira, o director do DCIAP não exclui a hipótese de prolongar a investigação, mas também não afirma claramente que o processo vai ficar decidido na data prevista.

“Vamos aguardar até 15 de Setembro. Ainda falta algum tempo. A data está fixada e a 15 de Setembro veremos como estão as coisas. Ninguém mais do que nós pretende dar o despacho final neste processo”, disse.

O director do Departamento Central de Investigação e Acção Penal responde - ainda que com breves palavras - as acusações dos advogados de José Sócrates, reiterando que há indícios contra o antigo primeiro-ministro e que tribunais superiores que foram chamados a pronunciar-se sobre recursos já decidiram em conformidade.

“Os resultados dos tribunais superiores falam por si. Há várias decisões, de vários juízes de colectivos no tribunal da Relação que confiram a existência de indícios”, acrescenta Amadeu Guerra.