23 jul, 2016 - 12:49
O adolescente alemão de origem iraniana que matou nove pessoas e depois se suicidou em Munique na sexta-feira já tinha recebido tratamento psiquiátrico e terá actuado sozinho, sem ligações ao Estado Islâmico, disse este sábado a polícia da Baviera.
O rapaz de 18 anos lançou o caos na capital da Baviera depois de abrir fogo perto de um movimentado centro comercial. Levava 300 balas na mochila quando foi encontrado morto.
Depois das buscas ao quarto do atacante, o chefe da polícia de Munique, Hubertus Andrae, afastou a possibilidade de ligações terroristas. Foram encontrados livros e documentos sobre tiroteios em massa.
O suspeito, filho de pais iranianos, nasceu e cresceu em Munique, onde andou na escola. Não tinha cadastro criminal nem era conhecido da polícia.
"O atirador tem 18 anos. Ele nasceu em Munique e cresceu em Munique onde era estudante. O seu apartamento, assim como o seu quarto, foram alvo de buscas e baseado nessas buscas podemos dizer que não existem quaisquer evidencias de uma ligação com o auto-proclamado Estado Islâmico. De acordo com os documentos encontrados, as provas apontam para que não tenha agido sob a influencia de ninguém."
As autoridades alemãs dizem ainda que o jovem não tem qualquer ligação aos refugiados que têm chegado ao país.
Na sexta-feira assinalaram-se os cinco anos do ataque de Aders Breavik em Oslo, na Noruega. Não é posta de lado a hipótese de uma relação entre este facto e ataque desencadeado por este jovem.
"Por ontem ter sido o aniversário do ataque de Breivik, na Noruega e por o atirador se interessar muito por esse tipo de ataques, pensamos que ele também se interessou pelo caso Breivik, por ter sido o mais grave. Essa ligação é plausível", disse ainda Hubertus Andrae.