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50 anos do psd

Montenegro diz que sem o PSD Portugal "seria imperfeito e incompleto"

06 mai, 2024 - 08:00 • Manuela Pires

Ao longo do próximo ano o PSD vai marcar os 50 anos do partido com uma exposição itinerante, um ciclo de conferências e a inauguração da sede e mediateca, entre outros eventos. Montenegro diz que “não podemos saber o que contar do futuro".

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O PSD faz 50 anos e está de regresso ao governo. Com uma vitória curta nas eleições legislativas de março, as primeiras semanas não têm sido fáceis e no parlamento a oposição não dá tréguas ao governo minoritário.

Luis Montenegro não sabe o que o futuro ditará, mas tem a certeza que o PSD faz parte da história do último meio século do país e que assim continuará a ser.

“Tal como os que estavam a iniciar o Partido há cinquenta anos, hoje também não podemos saber o que contar do futuro. Mas como eles, sabemos que o futuro conta connosco. Abraçamo-lo com confiança e esperança” escreve Luis Montenegro num artigo que é publicado no site do PSD, a que a Renascença teve acesso.

Esta segunda-feira, assinalam-se os 50 anos do PSD e Luis Montenegro tem a certeza que se o partido não existisse Portugal “seria imperfeito”.

“Sem o Partido Social Democrata Portugal não seria apenas diferente. Seria seguramente mais imperfeito e incompleto” escreve o líder do PSD.

Luis Montenegro diz que o partido está preparado para ser mais forte e coeso no futuro, tendo em conta também as alterações que foram feitas nos estatutos aprovados no último congresso. Montenegro aponta algumas alterações que passam por uma maior transparência, pela ética, a abertura do partido à sociedade e a integração de mulheres nos órgãos do partido.

“Com cada vez mais transparência e compromisso ético. Com mais participação, mais abertura à sociedade, mais independentes. (…) Com mais paridade de género, até esbatermos completamente as diferenças de representatividade entre homens e mulheres nos órgãos e estruturas do Partido. E com mais jovens” escreve o líder do PSD.

Neste texto Luis Montenegro preferiu apenas citar o nome dos três fundadores, Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Joaquim Magalhães Mota. Ao longo do artigo não há mais nenhuma referência aos militantes que chegaram aos lugares mais importantes do Estado, quer no governo ou na presidência da república.

Montenegro prefere homenagear nestes 50 anos do PSD todos os que ao longo deste tempo, militantes ou apenas simpatizantes, trabalharam sempre pelo partido.

“Os que foram a votos e ganharam e os que foram a votos e perderam. Os que nunca desistiram nem do ideal social-democrata, nem do país.

Todos aqueles que, investidos pelo voto democrático, cumpriram com honra, zelo e responsabilidade as funções públicas que o povo lhes confiou. Numa Assembleia de Freguesia ou na Presidência da República. Entregando sempre a sua freguesia, o seu município ou o seu país em melhor estado do que aquele em que o receberam” escreve Luis Montenegro.

O primeiro-ministro refere que o PSD desenhou o rumo do país porque, no seu entender, foi o partido que permitiu o progresso económico e social “que só uma visão social-democrata transporta”.

“Direcionou-o decisivamente para o Estado social, para a economia social de mercado e para um modelo de sociedade livre, justa e equitativa” refere o primeiro-ministro.

Comemorações dos 50 anos do PSD vão durar até maio de 2025

A seis de maio de 1974, apenas 11 dias depois da revolução, era criado e anunciado em conferência de imprensa um novo partido, PPD, Partido Popular Democrático. O nome foi escolhido no gabinete de Pinto Balsemão no jornal Expresso, o PPD foi fundado por Francisco Sá Carneiro, o primeiro secretário-geral, Joaquim Magalhães Mota e Francisco Pinto Balsemão.

Ao longo de um ano o PSD vai assinalar o cinquentenário do partido. O início das comemorações arranca esta segunda-feira com um jantar na estua fria. Estão previstos outros eventos como uma exposição itinerante, um ciclo de conferências, a inauguração da sede e Mediateca e a sessão final do Sentir Portugal e apresentação de um livro. Vai ainda ser feito um documentário e um podcast com 50 personalidades.

Para os militantes, o PSD tem um pin de ouro para quem completa 50 anos de militância, e de prata para os 25 anos. Vai ser lançado um postal e um selo do CTT comemorativo dos 50 anos e uma linha de merchandising retro alusiva aos 50 anos.

O partido quera inda criar na APP uma área para o simpatizante do PSD.

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