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Nice: Terrorista enviou fotos ao irmão a rir-se no meio da multidão

17 jul, 2016 - 16:46

Psquiatra tunisino que tratou Mohamed há mais de dez anos fala de um jovem "violento" e com problemas com a "sua imagem corporal".

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O franco-tunisino que matou 84 pessoas em França, durante as comemorações do dia da Bastilha, mandou fotos para o irmão pelo telemóvel horas antes do ataque. Nas imagens Mohamed, de 31 anos, aparece a rir-se no meio da multidão, revela o irmão à agência Reuters.

Jabeur, irmão de Mohamed, relata a última conversa que tiveram. “No último dia ele disse que estava em Nice com amigos a comemorar o dia nacional”. “Parecia muito feliz e ria-se muito”, relembra Jabeur.

A Reuters não pode verificar a existência da foto, que o irmão do terrorista se recusou a partilhar.

Mohamed Bouhlel tinha cadastro e era conhecido das autoridades policiais francesas, mas não dos serviços secretos. As motivações do ataque permanence desconhecidas.

Os familiares e vizinhos em Msaken, a 120 quilómetros de Tunes, lembram que Bouhlel se mudou para França, em 2005, e a última vez que o viram foi há quatro anos. Descrevem-no como um desportista, sem ligações à religião e oriundo de uma família normal.

Os familiares afirmam que Bouhlel começou a telefonar com mais frequência nas semanas mais recentes. “Ele falava-me da nossa cidade, de boxe, de desporto, e de como ele queria voltar em breve para Msaken”, relata o irmão do terrorista à Reuters.

“Ele queria ainda saber as novidades sobre os nossos pais, e falava muito comigo, éramos muito próximos”, conta Jabeur. “Enviava-nos pequenas somas de dinheiro mais recentemente, entre 300 e 400 euros”, acrescenta.

Problemas psicológicos

A irmã de Bouhlel já tinha relatado no sábado os problemas psicológicos diagnosticados ao homem de 31 anos, ainda antes de ele abandonar a Tunísia.

O psiquiatra que o tratou há mais de uma década, contou a Reuters que Mohamed teve episódios de violência contra os pais e problemas de auto-estima.

“Às vezes, ele trancava os pais numa sala”, afirmou o psiquiatra Chemceddine Hamouda. “Ele também tinha problemas com a imagem do seu corpo”, acrescentou.

O psiquiatra receitou-lhe uns comprimidos para tentar controlar os comportamentos agressivos que evidenciava.

Comentários
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  • comentário válido
    19 jul, 2016 lisbona 17:41
    acho que se devia de deixar de referir a eles como islamitas, porque isso ainda lhes da um sabor especial e acham k sao mesmo religiosos, quando no fundo nao passam de mongoloides completamente atrasados mentais....se fosse eu a mandar a partir de agora mesmo cada x k quisesse mos nos referir a eles era so os "terroristas fanaticos" e tentavamos desvalorizar a situaçao do islamismo que ao k parece nao tem nada haver com eles, pois o mundo tem muitos mais mulçumanos que aquelus mongos e nao andam ai a aterrorizar o povo....
  • Em terra de mudos
    18 jul, 2016 eu comento 11:19
    Como este, há muitos iguais, espalhados por este mudo. Um dos grandes problemas, que é mesmo muito grave, é a tolerância que se tem por estas raças, ligadas a crenças, a ideologias, a tradições..., que são acolhidos aos milhares, querendo impor politicas ligadas à religião do islão, as suas crenças e tradições, mas tudo se tolera em nome da tolerância católica e pelo politicamente correto... enquanto isto vão morrendo às centenas inocentes, até criancinhas esmagadas pelas rodas de um caminhão, pela indiferença de um fanático que o faz com grande satisfação em nome de um grupo de assassinos para lhes mostrar a sua valentia de cobarde... Até tinha tirado foto a rir, escarnecendo daqueles que já o acolheram e à sua família...Tomem lá liders burros. Depois vem o palhço dizer que vai atacar o iraque e a turquia, porque não começa por frança por aqueles que até já estão sinalizados como violentos e que são árabes, porque não os expulsa? Isto não interessa, interessa é estes dementes esperarem pela oportunidade e fazer o que este monstro fez... para depois o estado islâmico festejar e os tolos irem velar pelos mortos e por florinhas. A palhaçada é sempre a mesma... É tolerância a mais que se dá a estes nojentos...
  • Vítor
    17 jul, 2016 Torres Vedras (Portugal) 18:56
    Porque continuam a dizer que o terrorista era "franco-tunisino"? Se fosse francês, teria um bilhete de identidade e não uma "carte de séjour" para residir em França.

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