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Cientistas descobrem anticorpos que atacam o Zika

24 jun, 2016 - 11:02

O Brasil é um dos países mais atingidos, mas vírus já foi detectado em vários países do hemisfério sul, assim como do sul da Europa.

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Um grupo de cientistas europeus anunciou a descoberta de anticorpos que atacam o Zika, um passo que esperam vir a permitir o desenvolvimento de uma vacina contra este vírus, responsável por lesões cerebrais em fetos.

Os anticorpos - os "soldados da frente" do sistema imunitário - "neutralizaram eficazmente" o Zika em células humanas em laboratório, e foram também eficazes contra um outro vírus semelhante, a dengue, anunciou a equipa num artigo publicado na revista “Nature”.

Têm sido imensos os estudos e análises que estabelecem uma ligação das grávidas infectadas pelo vírus com a possibilidade de o feto desenvolver microcefalia nos primeiros três meses de gestação.

O Brasil é um dos países mais atingidos e registou até Abril de 2016 cerca de 91 mil casos prováveis de Zika, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde.

Os dados do boletim epidemiológico mostram que a epidemia teve uma taxa de incidência de 44,7 casos por 100 mil habitantes até o dia 2 de Abril. Estas notificações foram registadas em 1.359 municípios. Já houve a confirmação laboratorial de três mortes causadas pela infecção do vírus no país.

O Brasil confirmou 7.150 notificações de microcefalia provavelmente relacionadas ao vírus entre Outubro do ano passado e Abril de 2016.

No entanto, o vírus já foi detectado em vários países do hemisfério sul, assim como do sul da Europa.

Esta doença, assim como a dengue e a febre chikungunya, é transmitida pelo mosquito “Aedes aegypti”.

O Zika foi inicialmente identificado no Uganda, em 1947, e mais tarde foi identificado em seres humanos, em 1952, no Uganda e na Tanzânia. Actualmente, têm-se registado surtos da doença nas Américas, África, Ásia e Pacífico.

As pessoas com a doença do vírus Zika têm, normalmente, febre ligeira, erupção da pele (exantema) e conjuntivite. Estes sintomas duram, normalmente, 2-7 dias. Actualmente, não existe qualquer tratamento específico ou vacina.

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