23 jun, 2016 - 20:12
O ministro da Saúde reiterou esta quinta-feira o compromisso de alterar o valor de pagamento das horas extraordinárias dos médicos, mas sublinhou que nunca se comprometeu a pagá-las a 100%.
Numa interpelação sobre políticas de Saúde no plenário parlamentar, Adalberto Campos Fernandes considerou da "mais elementar justiça" rever a situação do pagamento das horas extra dos médicos que são actualmente pagas a 50%.
Já na quarta-feira, na comissão parlamentar de saúde, o ministro tinha assumido o compromisso de alterar o valor de pagamento das horas extra.
Questionado pelos deputados, manteve o mesmo compromisso, mas frisou que não se havia comprometido com o pagamento a 100% e continuou sem indicar qualquer valor.
Nestas declarações aos deputados, Adalberto Campos Fernandes admitiu que a ADSE venha a ter autonomia e que até à sua eventual mutualização tenha uma fase transitória com duas tutelas.
"O Governo prevê dar autonomia à ADSE e tem de o fazer com segurança", afirmou o ministro Adalberto Campos Fernandes, questionado pela oposição sobre notícias que dão conta que o plano de actividades do subsistema dos funcionários públicos admite voltar a ser financiada pelo Estado.
Para o ministro da Saúde, até à eventual mutualização da ADSE, poderá haver uma fase transitória em que o subsistema passe a ter duas tutelas (Finanças e Saúde).
O relatório da comissão de reforma do modelo de assistência na doença aos servidores do Estado deverá ser conhecido no dia 30 deste mês, acrescentou Campos Fernandes.