20 jun, 2016 - 11:52
Guardas de fronteira turcos mataram a tiro pelo menos 11 sírios, a maioria da mesma família, quando estes tentavam atravessar a fronteira do noroeste da Síria para a Turquia, segundo relatos das organizações no terreno.
Pelo menos duas mulheres e quatro crianças estão entre as vítimas do tiroteio, que ocorreu de madrugada junto à aldeia de Khirbet al Jouz, avança o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Segundo a agência Reuters, vários grupos activistas no terreno confirmaram a ocorrência. Mas o exército turco nega este incidente.
“As alegações de que soldados turcos mataram pessoas, que tentavam atravessar a fronteira na província de Hatay, não são verdadeiras. Na noite passada houve uma tentativa de passar a fronteira ilegalmente, mas não houve tiros direccionados a pessoas”, esclarece um comunicado militar.
“Após o disparo de tiros de aviso, um grupo de sete a oito pessoas correu para o bosque”, diz o mesmo texto.
O observatório, que monitoriza a violência na Síria, afirma que, desde o início do ano, já documentou a morte de cerca de 60 civis que tentavam fugir da Síria em incidentes com guardas de fronteira turcos.
A Turquia fechou as fronteiras à maioria dos refugiados sírios, mas permite a entrada de sírios cujas vidas estejam ameaçadas.
O país acolhe cerca de 2,7 milhões de refugiados, 280 mil dos quais vivem em campos.
As organizações humanitárias têm vindo a apelar à Turquia que reabra as suas fronteiras para acolher todos os sírios que fogem do conflito.