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​A morte em directo no Facebook

17 jun, 2016 - 20:39

Homem assassinado em Chicago enquanto estava no Facebook Live. Caso acontece dias depois de um extremista ter utilizado o mesmo serviço de streaming para apelar a uma onda de ataques em França.

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Um homem foi assassinado em Chicago enquanto estava em directo no serviço de vídeo da rede social Facebook, revelou esta sexta-feira a polícia norte-americana.

Antonio Perkins, de 28 anos, foi encontrado sem vida, baleado no pescoço e na cabeça, na noite de quarta-feira, num terreno abandonado da zona oeste de Chicago.

O homem foi levado para o hospital, onde foi declarado o óbito. A polícia identificou o homem no vídeo como sendo Antonio Perkins, que pertencia a um gangue.

Até ao momento, ninguém foi detido com relação a este crime.

O incidente acontece dias depois de o autor do homicídio de um chefe da polícia e da mulher, em França, ter utilizado o Facebook Live para apelar a mais ataques contra as forças de segurança, jornalistas, políticos e nas prisões.

Estes dois casos em França e nos Estados Unidos põem em evidência os desafios que as redes sociais enfrentam ao disponibilizarem vídeo em directo a milhões de utilizadores.

O vídeo de Chicago transmitido através do Facebook Live mostra a vítima a filmar-se a si e a um grupo de pessoas com o telemóvel, junto a uma fila de casas, quando alguém abriu fogo.

De seguida, o telemóvel cai no chão e a imagem fica negra. O som continua com testemunhas a gritar e a chorar.

O vídeo continua no Facebook, com uma mensagem de aviso sobre a natureza violenta do conteúdo.

Uma porta-voz do Facebook disse à agência Reuters que a rede social já tem conhecimento das imagens, mas estas não violam as regras da empresa.

O vídeo só será removido se glorificar ou celebrar a violência, adiantou a mesma fonte.

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