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Cortes. Colégios entregam 374 cravos amarelos ao ministro da Educação

02 jun, 2016 - 09:14

Depois das manifestações e das providências cautelares, que vão somar um total de 26, um protesto com flores.

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Um grupo de pais, professores e funcionários de colégios com contrato de associação vai entregar ao final da manhã, desta quinta-feira, no Ministério da Educação, 374 cravos amarelos - um por cada turma cortada a estas instituições de ensino.

A iniciativa do Movimento Defesa da Escola Ponto é mais um protesto contra os cortes aos estabelecimentos de ensino com contrato de associação, numa semana em que os colégios anunciaram que vão avançar com mais 16 providências cautelares.

“Podemos confirmar que temos já 10 providências cautelares que já entraram e estavam previstas e entrarão mais 16 ainda esta semana”, confirmou à Renascença, o presidente da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), Rodrigo Queiroz e Melo, acrescentando a associação também quer intensificar a luta jurídica.

O presidente da AEEP revela ainda que seguiu para São Bento um pedido de audiência com António Costa.

Os protestos surgem na sequência da decisão do Ministério da Educação de, no ano lectivo 2016-2017, o financiamento ser cortado em 57% nas turmas de início de ciclo, nos colégios privados com contrato de associação. O ministro admite financiar apenas 273 turmas, contra as 656 subsidiadas em 2015-2016 em 79 estabelecimentos particulares.

O estudo da rede escolar privada pedido pelo Governo revela, por exemplo, que há um colégio financiado que tem ao lado uma escola pública com metade das salas vazias, e um colégio com 27 estabelecimentos públicos a menos de dez quilómetros. Trata-se do Externato Liceal Paulo VI, em Gondomar, tem à sua volta 27 escolas públicas.

A tutela já divulgou a lista dos 40 colégios com contrato de associação que, no próximo ano, poderão abrir turmas de início de ciclo (5.º, 7.º e 10.º ano) financiadas pelo Estado. De fora ficaram que estão localizados em zonas onde existe oferta de escola pública e que, por isso, vão continuar a receber financiamento apenas pelas turmas que já estão em funcionamento, até que os alunos terminem o ciclo de estudos em que se encontram.


Comentários
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  • José
    03 jun, 2016 Braga 15:42
    Resposta ao Srº A. Santos 02 jun, 2016 Lisboa 17:06 ( ler 2 comentários) Olá boa tarde, gostaria de lhe sugerir um desafio; um ”quebra cabeças” digamos assim. Então, imagine um triângulo com os vértices todos iguais, a flutuar numa plataforma móvel. Num dos vértices, colocamos um peso, a representar os colégios com contrato de associação; num outro vértice, pomos um peso a representar os colégios privados sem apoios do Estado; e por último, colocamos um peso a representar a escola pública. E por fim, ao Centro do triângulo, colocamos uma placa de metal, a representar a “igualdade de oportunidades”. O desafio consiste em fazer o triângulo flutuar, equilibrando todos os vértices...Como!!! Dica: O truque está ao centro...e no texto que lhe deixo no outro comentário.
  • José
    03 jun, 2016 Braga 12:20
    Resposta ao Srº A. Santos 02 jun, 2016 Lisboa 17:06 Olá bom dia, O custo na escola pública, por norma, deverá ser inferior, uma vez que as turmas são maiores, logo menos professores. Por outro lado, eu pergunto, se existem escolas públicas, com salas vazias, professores do quadro com horário zero, auxiliares do quadro, pessoal da secretária, e todas as infraestruturas que comportam uma escola … Eu pergunto, o que se vai fazer, despedir gente do quadro e demolir escolas públicas, e financiar o “privado”… Mas, como não sou tão irresoluto, até aceitava, se porventura se provasse que ficava mais barato... Mas, mesmo assim, nessas circunstancias tínhamos um problema, de “igualdade de oportunidades“... Pois, todos os alunos que estão nos colégios não financiados, teriam que ter o mesmo tratamento que os financiados, se assim o desejassem... Logo, a verba que o Estado disponibiliza para os contratos de associação, teria que ser dividida, por todos os colégios privados com ou sem contrato de associação… Pergunto, não era o mais justo. Sim, porque muitos alunos, estão nestes colégios pagos pelos pais, porque não tiveram vaga nos colégios financiados, e por outro lado, não existem colégios financiados em todas as localidades...Logo isso per suponha a proliferação dos colégios com contrato de associação, era o mais justo... E a despesa do Estado diminuía ou aumentava...E desta forma privatizava-se o ensino...
  • A. Santos
    02 jun, 2016 Lisboa 17:06
    JOSÉ gostaria de lhe fazer uma pergunta bastante simples. Os alunos que vão sair do privado vão ocupar a capacidade disponível no público. Vão ser acolhidas X turmas, e por turma haverá um custo, que é suportado por todos os contribuintes. Esse custo será inferior, igual ou superior ao que se tem com o financiamento dos ditos colégios privados? Pois... obrigado.
  • MM
    02 jun, 2016 PORTO 16:54
    Já agora que estão preocupados : os portugueses já pediram algum estudo exaustivo ao governo como foram gastos tantos milhões de euros em PPP's - e aqui ninguém fala em cortar !!! Outro contrassenso na política do Governo: está a estabelecer contratos de Associação com os Hospitais Privados, quando está a rasgar os contratos de associação com escolas !!!
  • MARIA
    02 jun, 2016 AVEIRO 16:41
    Desculpa Sr. José, mas não deve ter lido bem a minha mensagem - O salário que aufiro não me permite ter as minhas filhas em colégio privado«; enão é esta a questão. Escolhi uma escola próxima do meu local de trabalho (onde trabalho há 18 anos). Até foi a própria escola primária que as minhas filhas frequentavam que fez a inscrição directamente nesta escola A escola que presta serviço público e que as minhas filhas frequentam está a dois passos do meu local de trabalho ( a mais próxima da minha área de residência só presta serviço até ao 9º Ano) , daí a escolha desta escola, e todas as vantagens daí decorrentes- evitamos faltas ao emprego (sempre que uma reunião de pais é convocada ao fim da tarde, não preciso de pedir ao meu patrão para sair mais cedo ; até vou à pé à escola). Também por outro lado, nunca fui pessoa de ligar aos rankings (é tudo para inglês ver- sabe-se lá como é feita a avaliação) . Eu frequentei em 1980 quando cheguei a Portugal o ensino público e não tenho nada a dizer, antes pelo contrário. Fui sempre defensora de uma escola pública; até a minha irmão dá aulas no público e é uma excelente professora de Francês. Pena é que FENPROF e outros compatriotas tenham feito tudo nas últimas décadas para destruir o ensino e sejam os maiores responsáveis pelo estado em que se encontra a escola pública . E Agora vêm tipo 'Madre Teresa de Calcutá' a defender a escola Pública- Vão enganar outras que comigo não cola !! J'espère définitivement que vous avez compris!
  • José
    02 jun, 2016 Braga 16:33
    Resposta SRªMAria 02 Jun,2016 Aveiro( ler 3 comentários) Desde que exista oferta pública, o Estado, que somos todos nós, não tem necessidade de financiar o privado, duplicando a oferta de ensino. Dou como exemplo os Hospitais, para assim esclarecer que os utentes, muitas vezes se sujeitam ao serviço público de saúde, embora fraco ,e não é por isso, que o Estado duplica a oferta com o privado. E se querem melhor assistência, vão ao privado e pagam. Não desvirtue-mos o que verdadeiramente está aqui em causa; o financiamento só se justifica, quando o Estado não tem capacidade de resposta. Ser de esquerda ou de direita, isso pouco importa. O Estado tem obrigação de disponibilizar uma rede de escolas públicas aos alunos e não duplicação de ofertas....Quem porventura, não acredita que a escola pública, pode prestar um serviço de qualidade, que pague tão simples quanto isso. Hora bolas, ter regalias com a carteira dos outros, como diz a sabedoria popular, também eu....Quem não pode pagar coloca os filhos na escola pública. Que é onde a maioria anda, e estes também se gostariam de queixar. Sem dúvida a ..."A educação deve contribuir para assegurar a igualdade de oportunidades para todos"... Então, eu pergunto, aos alunos que frequentam a escola publica, porventura, alguma vez lhes foi perguntado, se queriam frequentar aquela escola…Então a igualdade de oportunidades para todos!!! Haja paciência...Até porque o Estado não tem que se comprometer com o que o SRº Passos Coelho assinou..
  • José
    02 jun, 2016 Braga 16:06
    Resposta SRª MAria 02 Jun, 2016 Aveiro 12:41 Relativamente a dizer que não sei escrever, a senhora pelos vistos não me fica nada a dever, pois a sua construção frásica deixa muito a desejar...Então vejamos, do seu texto....”que eu faço”... ...”sua filha a frequenta uma escola”... “Na escola que a minha frequenta”.....”meninos que vêm sem”... “que só mostrem o que alguns”...e que não-- transparentes..” Só queria lhe dizer que independentemente, de saber ou não escrever...Todas as pessoas analfabetas ou não, têm o direito a ter uma opinião, até porque o financiamento é feito com os seus impostos... Já agora dê uma olhadela aos outros comentários que lhe deixo...
  • José
    02 jun, 2016 Braga 15:43
    Resposta SRª MAria 02 Jun, 2016 Aveiro 12:41 Relativo ao erro na palavra moribunda, foi uma distração...Aqui não estamos a discutir problemas ortográficos...Existem assuntos bem mais sérios para se resolver... Tenho duas sobrinhas em colégios privados, não financiados pelo Estado, uma delas nos arredores do Porto, paga uma mensalidade de 600 Euros, até dói, e a outra vai passar este ano para a escola pública; vai para o 2º ciclo. Vejo as dificuldades que os meus familiares fazem para pagar o colégio. Não estão lá por “vaidade”, mas sim por incompatibilidade de horários, e não têm os avós por perto. Pelos vistos as benesses são só para alguns. Não é atirar terra para os olhos, que vamos resolver o problema...Desde que exista oferta pública, o Estado, que somos todos nós, não tem necessidade de financiar o privado, duplicando a oferta de ensino. Defendo a teoria utilizador/ pagador, pois tenho duas sobrinhas em colégios, não financiados pelo Estado. Tenham lá paciência, quem porventura não acredita que a escola pública possa prestar um serviço de qualidade. Vá para o privado mas como é óbvio, pague, tão simples quanto isso...Então como eu que não tenho filhos, e nem pretendo vir a ter, sou obrigado a financiar duas vezes a educação. Não nos podemos esquecer, que as “expectativas defraudadas e os direitos adquiridos; não podem ser só para alguns”... Aconselho vivamente, a verem o programa do CANAL1 “sexta às nove do dia 20 de maio”, e ficaram com todas as dúvidas esclarecidas.
  • fernandes
    02 jun, 2016 lisboa 13:29
    Os outros orgãos de comunicação nem falam nos amarelos! só mesmo os jornalistas " facciosos "da RR !
  • João Lopes
    02 jun, 2016 Viseu 13:04
    Os pais têm direito a escolher a melhor escola para os filhos, e lutar contra os burocratas comunistas da FENPROF/PCP/BE que sempre têm procurado dominar as escolas do Estado, e aí, à revelia dos pais, impor programas marxistas que visam, entre outros objetivos, destruir a família natural! E o Estado com o dinheiro que recebe do contribuinte tem obrigação de ajudar todas as escolas que prestem um bom serviço às famílias: sejam ou não privadas!

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