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Patrões: Aumentar TSU para contratos a prazo não é “adequado”

30 mai, 2016 - 10:14

Ministro do Trabalho quer combater excesso de rotatividade de trabalhadores. Medida é para entrar em vigor em 2018.

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A subida da taxa Social Única (TSU) para os empresários que contratem a prazo pode trazer prejuízos, tanto para quem contrata como para quem procura trabalho. Os receios são do presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP).

“No momento em que o desemprego ainda é elevado, qualquer política que leve a emprego, independente da natureza do contrato, é de aplaudir. Por isso, esta penalização que o Governo tenta introduzir nos contratos a termo não nos parece adequada”, diz à Renascença António Saraiva.

A hipótese foi admitida pelo ministro do Trabalho e da Segurança Social em entrevista ao “Jornal de Negócios”. Segundo Vieira da Silva, o executivo vai avançar com a discussão sobre o agravamento da TSU, uma medida que deve entrar em vigor em 2018.

“Receio que esta medida venha penalizar porque, num clima que ainda não há confiança para investimento, não havendo investimento não há desenvolvimento económico e não há crescimento, logo não há emprego sustentável, vir penalizar aqueles que vão recorrendo a contratos a termo não nos parece nesta fase a melhor prática”, acrescenta.

O objectivo é penalizar as empresas com excesso de rotatividade de trabalhadores e permitir ao executivo obter receita.

António Saraiva reconhece que pode “haver aqui ou ali algum excesso”, considerando no entanto que essa são situações que podem ser resolvidas através da autoridade inspectiva. “Não é porque existe um ou outro caso anómalo que se deve penalizar uma prática que vai criando algum emprego”, acrescenta.

A penalização para contratos a termo é uma que já tinha sido tentada pelo PS em 2008 e 2009, que previa um aumento de cerca de 3% da TSU.

O valor normal da taxa é de 23,75% sobre o vencimento.

Comentários
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  • José
    30 mai, 2016 Oeiras 14:45
    Os PSD /CDS queriam continuar a proteger a classe média alta, como fizeram quando governavam . A igreja católica parece que está no tempo de Salazar . Tenham juízo e sejam mais honestos .
  • Pinto
    30 mai, 2016 Porto 12:22
    Há empresas e empresas, poucas são aquelas que trabalham direito, a maioria foge ao fisco, pratica corrupção, usam fraudes nas contratações de colaboradores etc. conheço empresas que só admitem pessoas quando o governo dá benesses, a seguir despedem, é só uma forma de aproveitamentos de subsídios e benesses. As PME são as que actualmente fogem ao fisco e não descontam para a segurança social da totalidade que pagam aos trabalhadores, sei de empresas de transportes que trabalham dentro do porto de Leixões e que tem serviços unicamente para cargas e descargas no seu interior que tem motoristas que já não têm carta de condução de pesados, seja pela idade ou por carta apreendida. As grandes empresas funcionam só com pessoas pertencentes a empresas de serviço temporário embora andem anos a trabalhar na mesma empresa e no mesmo local de trabalho, há até administradores de grandes empresas que criaram propositadamente empresas de serviço temporário para trabalharem unicamente nessas empresas e cujo escritório é um apartado dos correios. A crise laboral levou às ruas da amargura muita gente que se cala, acobarda-se e até nem se importam de trabalhar mais ums horas de borla para manterem o posto de trabalho e é assim que a maioria dos patrões querem, existem patrões que abusam , humilham, pagam salários de servente e ainda têm a lata de não cumprirem com as leis laborais
  • Dr Xico
    30 mai, 2016 Lisboa 12:11
    Já era tempo de se fazer algo pelos trabalhadores, desde os anos 90 que os governos do PSD/CDS/PS/UGT. tem vindo a tirar conquistas aos trabalhadores. Tb terão de analisar os recibos verdes passados 12x /ano à mesma empresa, deveriam haver punições exemplares aos patrões que tem empregados a recibo verde. Força Costa não te deixes levar pelas pressões da esquerda ou da direita, Os estivadores já os metes-te na gaveta, a seguir acaba c/ a mama dos colégios dos ricos
  • Manuel
    30 mai, 2016 Gondomar 11:42
    Com que então não havia aumento de impostos? Esquerda mentirosa como sempre foi e sempre será.
  • Luís fontes
    30 mai, 2016 Porto 11:20
    O excesso de rotatividade na admissão a termo é uma falácia e uma forma encapotada do Governo aumentar a receita da Segurança Social. A questão a analisar não está no nível de admissão a termo, face à admissão sem termo, mas em saber-se qual o peso dos trabalhadores com contrato a termo perante o quadro de pessoal da entidade que emprega.
  • Luis
    30 mai, 2016 LX 11:15
    Resolve-se o problema, passando a contratar outsourcings ou temporários e acaba-se com o problema. Será que estes politicos não sabem analisar o que se passa dentro das empresas?
  • JRMoura
    30 mai, 2016 Lisboa 11:10
    O problema é que os governantes nunca tiveram nada deles desde logo não têm a noção como deve ser gerido o Pais é como quando eu era criança a brincar ao MONOPOLI !...
  • Porconta
    30 mai, 2016 Porto 11:07
    Para os Empresários qualquer medida que os controle o abuso e a sua ganancia, não é bem vinda nem agora nem nunca, nem nos melhores momentos da economia, por isso não podem ser levados a sério, para mim essa medida só peca por tardia devia ser implementada desde já.

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