27 mai, 2016 - 07:00
Foi encontrado morto o presumível autor dos disparos que atingiram mortalmente três pessoas, suas familiares, na noite de quinta-feira, em Montemor-o-Velho, distrito de Coimbra. Depois de várias horas, a GNR entrou na casa onde o suspeito, de 41 anos, se tinha barricado.
O crime "ocorreu dentro da casa" no lugar de Faíscas, freguesia de Arazede, onde o homem residia com a família, pouco antes das 21h00, adiantou a fonte do Comando Territorial de Coimbra da GNR.
O Comando Distrital de Operações de Socorro de Coimbra confirmou à agência Lusa que a GNR encontrou quatro cadáveres dentro da habitação.
O suspeito da morte dos familiares, de acordo com a edição "online" do "Diário de Notícias", encontrava-se com o pai, a mãe, a avó e um casal de familiares e a filha deste, com oito anos, num lanche ajantarado na cozinha da casa quando subitamente eclodiu uma discussão violenta entre o suspeito e o pai.
O homem terá então saído da cozinha, subiu ao quarto, voltando a descer, armado com uma caçadeira, tendo sido nessa altura que praticou o triplo homicídio. O casal de visitantes e a filha conseguiram fugir e alertaram as autoridades.
A GNR local montou uma operação que durou toda a noite, tendo sido destacados para o local meios de Lisboa.
Ainda de acordo com o jornal, o oficial da GNR João Seguro explicou aos jornalistas, no local, que o suicídio com tiro de caçadeira - a arma que usou para matar os pais e a avó - terá ocorrido logo após o triplo assassinato.
Foi uma tragédia "de todo imprevisível" já que, segundo aquele militar, o homicida não possuía "nenhum histórico de violência".
Homicida descrito como "pessoa reservada"
João Seguro disse que o assalto da GNR demorou sete horas a acontecer devido à necessidade de "privilegiar a segurança de todos os intervenientes". As autoridades receavam que Paulo da Cruz estivesse barricado dentro de casa e as recebesse a tiro.
O culminar da operação aconteceu depois ter chegado de Lisboa um autocarro da GNR com elementos do Grupo de Intervenção de Operacionais, responsáveis pelo 'assalto' à habitação.
As três vítimas de Paulo da Cruz terão sido encontradas num pátio exterior da casa. Paulo da Cruz foi emigrante no Luxemburgo tendo regressado há meses a Portugal depois de ter sido despedido, segundo a imprensa.
Habitantes da localidade referem que era uma "pessoa reservada", que caçava, daí ter uma caçadeira, com a qual praticou os crimes.
[Notícia actualizada às 9h04]