Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Governo demite conselho directivo da Segurança Social

24 mai, 2016 - 15:59 • Eunice Lourenço

Executivo alega a necessidade de imprimir uma nova orientação estratégica à gestão dos serviços.

A+ / A-

O Governo demitiu o conselho directivo da Segurança Social. A notícia, avançada pela edição online do jornal "Expresso", foi confirmada, em comunicado, pelo executivo.

Os quatro membros da direcção do Instituto de Segurança Social (ISS) foram chamados esta terça-feira ao ministério para serem demitidos.

O executivo considera que há uma necessidade “premente” de dar uma “nova orientação” à gestão do Instituto da Segurança Social. É com esse argumento que justifica a demissão da actual direcção daquele instituto, que tinha sido nomeada em Julho do ano passado.

Em comunicado, o Ministério da Segurança Social, liderado por Vieira da Silva, confirma a demissão dos quatro membros daquele conselho directivo, constituído pela presidente Ana Clara Birrento, pelo vice-presidente Jorge Campino e pelos vogais Luís Monteiro e Paulo Ferreira. Estes nomes tinham sido avaliados pela Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (Cresap) e deviam estar em funções por cinco anos.

A presidente agora demitida, Ana Clara Birrento, foi durante vários anos a directora do centro distrital de Setúbal da Segurança Social, é próxima do CDS, partido que a indicou em 2014 como candidata ao Parlamento Europeu. O vice-presidente Jorge Campino foi vice-presidente da Câmara de Aveiro, liderada pelo social-democrata Ribau Esteves.

Deixam os lugares a 29 deste mês, menos de um ano depois da nomeação. O comunicado esclarece que foram ouvidos esta terça-feira e que serão nomeados dirigentes em regime de substituição, seguindo-se depois procedimento concursal na Cresap.

“Importa ter em atenção que de acordo com o Programa do XXI Governo Constitucional, um dos principais eixos estratégicos do actual Governo consiste na promoção de 'Mais Coesão, Menos Desigualdades', assumindo-se claramente a prioridade de defender e reforçar o Estado Social, de prosseguir uma estratégia de combate à pobreza e à exclusão social, de garantir a sustentabilidade da segurança social e a reposição dos mínimos sociais”, justifica o Governo que considerou que aqueles quatro nomes não tinham condições para cumprir as metas do executivo de esquerda.

“Para cumprir tais prioridades é necessária uma profunda mudança de estratégia nas políticas públicas que têm vindo a ser desenvolvidas, protegendo e reforçando as políticas sociais, com os objectivos de aumentar a estabilidade de vida dos trabalhadores, desempregados e pensionistas, reduzir a pobreza e as desigualdades sociais, bem como promover a natalidade”, prossegue o comunicado, em que o ministério considera que o Instituto da Segurança Social “ocupa um papel primordial na operacionalização” da estratégia governamental.

Essa estratégia, como o ministério faz questão e lembrar na referida nota, passa pelo combate à fraude e evasão contributivas, pela simplificação do sistema de prestações sociais e por “desenhar” aquilo que o Governo chama “ uma efectiva estratégia de combate à pobreza de crianças e jovens” que recupere a centralidade do abono de família e a reposição do Rendimento Social de Inserção e o Complemento Solidário para Idosos.

“Tal mudança de estratégia apenas será possível de concretizar imprimindo uma nova orientação à gestão do Instituto da Segurança Social, a qual passa, incontornavelmente, pela alteração da composição do conselho directivo, de forma a conferir uma nova dinâmica à prossecução das prioridades e objectivos”, conclui o comunicado.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Pinto
    27 mai, 2016 Custoias 12:46
    Já devia ter sido ontem.
  • Manuel Coelho Dias
    25 mai, 2016 Penafiel 12:48
    Acho muito bem arrumar com essa gente que só pensam nos bancos e não se lembram dos trabalhadores que são os que descontam para a segurança social e por vezes vêm os pais a ser mal tratados porque lhe dão uma ninharia de reforma, e mesmo as crianças com abonos de família tam baixos, e dão grandes rendas a estituicoes sociais para ajudar os amiguinhos, e levam para lá os idosos e apanhelhe as pequenas reformas e o património que eles ganharam durante a vida do seu trabalho, e ainda se aprobeitam deles, a combence-los que nas ileissoes butar na direita que são os únicos que lhe seguram a estabilidade, e ainda mais obrigam que eses combenssam a restante família, a estabilidade que eles lhe dom depois de lá estar é a estabilidade da pobreza.
  • barsanulfo
    24 mai, 2016 alcains 21:40
    Um caso exemplar de higiene e profilaxia!
  • Carlos Manuel
    24 mai, 2016 Feijó 20:48
    Elvira Marques & Nita : Welcome to real world . Talvez fosse melhor a " politica de governo " do Pedrinho e da Paulinha !
  • Carlos Gonçalves
    24 mai, 2016 Almada 20:41
    É natural e óbvio nestas circunstancias . Os Boys e as Girls do PS, PCP e BE vão ocupar seus cargos, senão, não assinavam tal documento. Os que estavam, já era. Os Boys e Girls do PSD/CDS, bem podem ir para as fileiras do IEFP . Quatro em quatro anos é assim, acostumem-se . É que as almoçaradas e as tais jantaradas dos partidos, servem para algo.
  • ELVIRA MARQUES
    24 mai, 2016 19:39
    Porquê ????? Curiosamente os foram corridos são CDS-PP e PSD Só por isso. Não há duvida este governo voltou mesmo à esquerda!!!!!!!!!! O resto... já não resta!!!!
  • jcn
    24 mai, 2016 amadora 19:24
    O Ministro que faça o mesmo na CGA. Esses nem a Lei cumprem. Estatuto dos Miliares da GNR, Dec. Lei 159 de 2005 e por último Dec. Lei 214-F de 02Out de 2015. Porque não corre com essa gente? Se não correr com eles os militares da GNR na reforma arranjarão maneira de correr com todos vós.
  • Nita
    24 mai, 2016 Sacavém 18:55
    Sem comentários!
  • Francisco Rodrigues
    24 mai, 2016 CONDEIXA-A-NOVA 18:35
    Demasiado descaramento! Se fosse o "governo verdadeiro" a fazer uma "substituição" destas, é porque estavam a arranjar "tachos para os amigos". Com o "governo falso", já se trata de "necessidade de imprimir uma nova orientação estratégica à gestão dos serviços ". Como somos um povo de brandos costumes, vamos encolhendo os ombros e, resignados, sujeitamo-nos aos senhores da esquerda radical que maniataram um tal tirano, sedento de "poleiro", que só pode abanar a cabeça em sinal de concordância ao que aqueles querem impor-nos! VERGONHA!!!
  • Sousa
    24 mai, 2016 Braga 18:33
    Lamentáveis certos comentários. Tanta imbecilidade por metro quadrado neste País....O que este governo faz, os outros fizeram igual ou pior. Por isso, comentar o incomentável, é isso mesmo, puro exercício de perda de tempo (de notar que não comento a notícia, mas os comentários).

Destaques V+