13 mai, 2016 - 00:20
O cardeal patriarca de Lisboa manifesta admiração pela coragem, solidariedade e compaixão dos peregrinos. D. Manuel Clemente transmitiu a mensagem nas celebrações desta quinta-feira à noite, no santuário de Fátima.
Perante milhares de pessoas que marcaram presença na Cova da Iria, o patriarca expressou a sua estima e admiração a todos os que têm “a coragem de sair de casa e fazer-se à estrada, persistindo, rezando e ansiando por chegar aqui”.
“Como Maria a caminho da casa de Isabel, fostes transportados por sentimentos de solidariedade e compaixão, nas intenções que trazíeis e mantendes. Por algum familiar ou amigo, que espera saúde, trabalho ou paz. Por motivos coincidentes, em relação à paz no mundo e a tudo o que a contraria ou demora”, declarou D. Manuel Clemente, que presidente à peregrinação aniversária.
O também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) salientou, durante a homilia, que “também foram sentimentos assim que trouxeram Maria aos Pastorinhos”.
A um ano do centenário das Aparições de Fátima, o patriarca lembrou as recomendações aos três Pastorinhos, para que “se convertessem, por si e pelos outros; que rezassem pela paz e advertissem da guerra; que mostrassem em si mesmos o que devemos ser todos, como crianças e filhos diante de Deus, simples e fraternos diante dos homens”.
De seguida, D. Manuel Clemente fez uma referência à visita do Papa Francisco ao santuário durante o centenário das Aparições, em 2017, e à actualidade da mensagem de Fátima.
“Por isso valeu Fátima, há quase cem anos. Por isso vale agora, na mesma razão. Temos muitas razões para lhe dar crédito, como o fez a autoridade eclesiástica em 1930 e os sucessivos Papas em pronunciamentos e visitas a este santuário – como o Papa Francisco no próximo ano. A verdade garantida de Fátima está na sua coincidência com a própria verdade evangélica”, salientou.
O cardeal patriarca falou também o sacrifício dos pastorinhos, que pediram "por todos, doentes, soldados e muitos outros, sem esquecer o Santo Padre e a Igreja".
E explicou que a conclusão, mediante "tudo isto", só pode ser uma: "Aconteceu aqui, vai para um século, o que começou há dois milénios no Israel de então -- a Visitação de Deus, na obra de Cristo, marianamente envolvida". Na "verdade", concluiu D. Manuel Clemente, "longe ou perto, a Visitação continua".