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OE 2016. PCP quer descontos para ADSE reduzidos para 3%

03 mar, 2016 - 16:54

Comunistas apresentaram quatro propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2016.

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O líder parlamentar do PCP defende menores descontos por parte de funcionários públicos e elementos das forças armadas e de segurança para os respectivos subsistemas de saúde como proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2016.

Além da passagem das contribuições para ADSE, ADM e SAD dos atuais 3,5% para 3%, João Oliveira adiantou ainda iniciativas comunistas na discussão na especialidade para o apoio financeiro à agricultura familiar e pesca artesanal e costeira, bem como a continuidade das cerca de 400 amas familiares enquadradas pela Segurança Social e a manutenção do valor actual das propinas do ensino superior.

"Estas propostas têm sido discutidas ao longo de muito tempo e a consideração que existe sobre elas é que há necessidade e justeza na sua aprovação. Obviamente, a consideração que outros grupos parlamentares façam sobre elas terão de ser eles a responder sobre isso. Estamos convencidos de que têm condições para serem aprovadas e terem influência na vida daqueles a quem se dirigem", afirmou o deputado do PCP.

O chefe da bancada comunista realçou a existência de um "excedente do sistema [ADSE] em 2015 de 68 milhões de euros" e de um parecer do Tribunal de Contas no sentido de reduzir os "sucessivos aumentos" das contribuições por parte dos trabalhadores daqueles sectores.

"Essa redução, aprovada nesta fase do ano, já só teria efeito em oito meses, com um significado importante na redução do esforço dos trabalhadores, mas sem deixar de garantir a sustentabilidade dos sistemas", justificou.

Segundo o PCP, a estimativa de impacto negativo da redução de 0,5 pontos percentuais (de 3,5% para 3%) das contribuições é de 53 milhões de euros, ainda sem contar com o "impacto positivo da reposição de salários, pois também se faria sentir nas contribuições".

Com efeitos orçamentais "nulos" ou "neutros", segundo João Oliveira, estão também a consignação de receitas do imposto sobre produtos petrolíferos (gasóleos específicos) de até 10 milhões de euros para co-financiar projectos com apoios comunitários nas áreas da agricultura familiar e da pesca artesanal e costeira, além da manutenção das trabalhadoras que cuidam de crianças através da Segurança Social por mais um ano, até agosto de 2017.

O grupo parlamentar comunista voltará a apresentar na sexta-feira novas propostas de alteração ao OE2016, sendo que o prazo-limite termina pelas 21h00. Já anunciadas foram a isenção de taxas moderadoras para doentes crónicos, a integração de bolseiros e mais fundos para a cultura.

A revisão, durante 2016, da base de cálculo das contribuições para a segurança social dos trabalhadores independentes (recibos verdes), abandonando a referência dos rendimentos do ano anterior e fazendo o balanço a partir dos rendimentos efectivos do próprio ano, a partir de 2017, é outra iniciativa do PCP.

Entre as diversas intenções dos comunistas constam a melhoria das condições para obtenção do subsídio social de desemprego, a redução da taxa máxima do IMI de 0,5 para 0,4 e a progressiva gratuitidade dos manuais escolares.

ivamente ao empreendimento Vale do Lobo, Algarve, e à sua aprovação numa altura em que José Sócrates era chefe do Governo.

José Sócrates, que se tornou no único chefe de governo português a ser detido e preso preventivamente, está indiciado por corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais.

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  • Descontos adse
    03 jun, 2016 Setubal 23:25
    Há uma situação que nunca entendi e continuo a não entender: se o ano tem 12 meses qual é a explicação para que se façam os descontos durante 14 meses as pessoas não estão doentes durante 14 meses Tal como se pagam só 12 meses de renda de casa e outra coisas mais. Muito obrigado pela oportunidade que nos é dada às nossas duvidas.
  • JCS
    03 mar, 2016 Fnc 19:28
    Concordo plenamente, nem sempre estou de acordo com o PC mas nesta matéria estou com eles porque é uma questão de Justiça e está comprovado que o aumento das contribuições para a ADSE, ADM e SAD foram excessivos, ou melhor foram mais uma matéria em que o governo anterior quis ir mais longe do que o aconselhável e foi por isso que agora estão na oposição, como se costuma dizer cá se fazem cá se pagam.
  • 03 mar, 2016 19:09
    Começa-se a ficar farto destas tretas, por que razão hão-de uns pagar muito mais para o SNS e outros pagar só 3% para um serviço de saúde com regalias que os outros não têm e nem sequer é sustentável. Estes partidos só lhes interessa os votos, nao querem saber nem do país, nem do povo português, têm estragado tudo.
  • Filipe
    03 mar, 2016 Braganca 18:42
    Pois está bem...espera lá que o costa está mesmo para isso... está aqui está a geringonça a desmantelar-se.
  • Carlos Silva
    03 mar, 2016 Amora - Seixal 18:25
    O PCP e a CGTP só defendem os servidores públicos, mesmo que isso custe mais aos privados. Por outro lado, é evidente que os comunistas não estão de boa fé no apoio ao governo, mas apenas a tentar extorquir o máximo que puderem. Depois, voltam a culpar os outros pelas medidas de austeridade que provocarem. Nas próximas eleições legislativas, os votantes têm de ter muito cuidado no voto na CDU!
  • Carlos Costa
    03 mar, 2016 Santarem 18:25
    A ADSE deve acabar,simplesmente.Em matéria de assistência médica,não devemos ter cidadãos de 1ª e outros de 2ª,como acontece agora.Devem pertencer todos ao SNS!!!!
  • Sérgio Martinho
    03 mar, 2016 Abela 18:24
    Já aqui se nota que temos um país dividido, eu sou a favor de andar-mos todos no mesmo barco, afinal, não somos todos filhos de 4 nalgas?
  • pereira abel
    03 mar, 2016 porto 18:15
    eu também queria, um seguro de saúde, pagando 3% do meu salario, mas isto só será possivel se os alguns escravos pagarem para mim?
  • conde
    03 mar, 2016 algures 17:59
    o melhor será apenas os ótarios do privado fazerem descontos para alimentar o monstro
  • José Ramos
    03 mar, 2016 Lisboa 17:31
    Não basta reduzir para 3% convém limitar os descontos máximos a 80 Euros/mês, 1120 Euros/ano para evitar a saída dos maiores contribuintes, senão qualquer dia perde a sustentabilidade.

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