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Barragem do Roxo ainda não sabe quanto custa comprar água ao Alqueva

12 mai, 2016 - 12:34 • Rosário Silva

À espera do fecho das negociações com a EDIA, a barragem do Roxo, no concelho de Aljustrel, regista um nível de água de 26%. Agricultores pedem urgência na definição do preço da água.

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Abril foi de “águas mil”, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, mas no Baixo Alentejo há barragens que continuam com baixos níveis de armazenamento de água. O caso mais grave é o da Barragem do Roxo, em Aljustrel, nesta altura com apenas 26% da sua capacidade máxima. Há menos água armazenada, do que no ano passado, no final da época de rega.

"O Roxo tem uma capacidade máxima à volta dos 100 milhões de metros cúbicos e, neste momento, estamos com 26 milhões de metros cúbicos”, revela à Renascença o dirigente da Associação de Beneficiários do Roxo António Parreira.

O responsável diz que "a chuva trouxe benefícios em termos agrícolas, pois repôs a água num solo bastante seco, mas ficou-se pelo solo e não foi para as barragens".

A maior preocupação é fazer chegar, rapidamente, a água do Alqueva ao Roxo, mas, antes, é necessário levar a bom termo as negociações em curso para se chegar a um preço que seja justo para os agricultores.

“Esta água que vem da EDIA tem um custo e esse custo tem de estar dentro das possibilidades do rendimento das culturas praticadas pelos agricultores” esclarece António Parreira. Caso contrário, prossegue, “mais vale os agricultores estarem sossegados e não fazerem culturas para não perderem dinheiro”.

A EDIA, empresa pública que gere o empreendimento de fins múltiplos do Alqueva, já anunciou a composição de um estudo sobre a sustentabilidade tarifária para baixar o preço da água. O documento está na posse do Governo, situação que confere alguma segurança os regantes.

“Este ano é um ano histórico porque nós temos dito a todos que podem regar e fazemo-lo porque sentimos algum apoio político e transmitimos essa confiança aos agricultores para continuarem a produzir e investir” declara o dirigente que se mostra confiante quanto à resolução do problema dos custos: “Havemos de chegar a um entendimento sobre o preço da água e sobre as condições em que esta vai poder ser utilizada na barragem do Roxo”.

Para além do regadio, a barragem faz também o abastecimento público das populações de Beja e Aljustrel.

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