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​“Nascer em Portugal”. Especialistas pedem mais apoios e mudança de mentalidade

06 mai, 2016 - 10:32

Estão a nascer mais bebés em Portugal. Nos três primeiros meses de 2016, o número de nascimentos subiu 7% face ao ano passado.

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A Fundação Francisco Manuel dos Santos lança esta sexta-feira o debate sobre "Nascer em Portugal", no âmbito do mês da população que está a ser assinalado pela fundação.

Em cima da mesa vão estar temas como “Qual deverá ser o papel dos partidos políticos?” e “A lei deve proteger mais a família ou o indivíduo?”.

Maria Filomena Mendes, coordenadora do estudo sobre as determinantes da fecundidade em Portugal, defende que é preciso mudar mentalidades, por exemplo, no que toca aos conceitos de produtividade no local de trabalho.

“Nós sabemos que quanto mais precário e quanto mais desemprego, mais as empresas e as instituições exigem, em termos de flexibilidade de horários, disponibilidade permanente, número de horas de trabalho. Em Portugal, muitas vezes confunde-se a produtividade do seu trabalhador com o número de horas que dedicam e com esta disponibilidade quase total para a empresa”, diz.

Esta especialista lembra também a necessidade de debelar o desemprego jovem como forma de dar estabilidade aos mais novos e permitir que tomem a decisão de ser pais.

Maria Filomena Mendes reconhece a importância dos apoios do Estado quando os filhos são bebés mas recorda que “os filhos crescem” e por isso também é preciso apoiar as famílias ao nível da saúde ou na aquisição de manuais escolares.

Estimativas do Instituto Ricardo Jorge, feitas com base nos "testes do pezinho", realizados no âmbito do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce, nasceram em Portugal, no primeiro trimestre deste ano, 20.992 crianças, mais 7% do que nos três primeiros meses de 2015. No ano passado, o crescimento face a 2014 já tinha sido de 4%.

Comentários
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  • Bento Fidalgo
    06 mai, 2016 Agualva 11:58
    Antes dos apoios, mudar a mentalidade Política, a Médio e Longo Prazo. Não é dando umas esmolas agora que se garante emprego, quando chegarem a adultos. Que tenham emprego pelas suas qualidades e não serem ultrapassados pelos afilhados. Que tenham um emprego no qual possam progredir e ter uma carreira; Não é com empregos a prazo, mudando de 6 em 6 meses, sem evoluir numa carreira, nem no ordenado, é sempre o ordenado mínimo.. É mais importante, que não tenham que pagar impostos exorbitantes para pagarem as dívidas feitas agora para pagar ordenados a vaidosos, arrogantes, que acham que têm direito mesmo sabendo que a nossa economia não tem condições e não consegue cobrir tais desvarios. Quando a nossa escumalha politica pensar no pais a Médio e longo prazo e não no viver de empréstimos para os filhos e netos dos outros pagarem, quando fizerem leis que impessam os desvios, fugas, roubos, luvas e corrupção. Aí sim sim poderemos pensar em ser todos felizes, com todos os filhos e netos, responsavelmente e honestamente.
  • Marco
    06 mai, 2016 C.branco 11:55
    O problema é q a maior parte destes bebés estão a nascer em famílias q vivem à pala dos subsídios e q têm mais de 3 filhos. Os eternos subsidiados q n descontam.
  • mara
    06 mai, 2016 Portugal 11:49
    Mas em Portugal nem tudo é mau quanto à natalidade até porque em S. Teotónio aparecem por vezes raparigas grávidas vindas dos Países de Leste...e segundo dizem vem cá ter os filhos, porque recebem ajudas da S. Social será?

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