03 mai, 2016 - 12:27
O movimento "Não Lixes", que luta por festas académicas mais amigas do ambiente, alertou, esta terça-feira, para o perigo de mergulhos no Mondego, no dia do cortejo da Queima das Fitas de Coimbra, devido à presença de carrinhos de compras no leito do rio.
Com o bom tempo que se faz sentir, "muitos estudantes vão querer dar mergulhos" no final do cortejo da Queima das Fitas de Coimbra, na Portagem, mas esta prática pode ser perigosa, alertou o dinamizador do movimento "Não Lixes", Fernando Jorge Paiva.
"Se o estudante for de cabeça, ainda pode perder a vida", devido à quantidade de carrinhos de compras presentes no leito do rio, sublinhou o responsável, que falava à comunicação social durante uma iniciativa de recolha de carrinhos de compras, que decorreu na margem direita do Mondego, a jusante da ponte açude.
O movimento, que contou com a ajuda de alguns estudantes, conseguiu identificar sete carrinhos de compras "que conseguiram passar as comportas" da ponte açude e numa acção recente recolheram lixo que "deu para encher três caixotes".
Fernando Jorge Paiva realçou que nunca pensou que os carrinhos passassem a ponte açude, tendo também sido identificado um em Bencanta.
"Os estudantes continuam a atirar carros para o rio", criticou, apelando a que os participantes entreguem os carrinhos de compras que furtam de hipermercados e supermercados assim que cheguem à Portagem, no dia do Cortejo da Queima das Fitas, no domingo.
Outro objectivo do movimento passa também por mobilizar mais estudantes "para ajudar a limpar" o rio, afirmou.
Na campanha da Festa das Latas (em que o uso de carrinhos é mais comum do que na Queima das Fitas) foram recolhidos entre 800 e mil carrinhos de compras, depois devolvidos às superfícies comerciais.