Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Banco de Portugal admite venda directa do Novo Banco

31 mar, 2016 - 22:54

Economista João Duque considera que a venda directa é muito difícil.

A+ / A-

O Banco de Portugal admite a venda directa do Novo Banco ou alienação em Bolsa.

Em comunicado, o regulador refere que serão agora feitos contactos com investidores para avaliar do interesse destes em participar numa destas soluções e adianta que “a escolha final da via a seguir será feita em momento futuro”.

Na opinião do economista João Duque a venda directa é muito difícil num momento em que a actividade bancária não é atractiva.

Para professor do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), talvez a melhor solução seja recorrer à venda directa de parte do capital a investidores de referência ao mesmo tempo que se coloca a outra parte no mercado de capitais.

"Com a actual equipa de gestão que parece numa fase de transição, com o banco ainda a necessitar de uma orientação estratégica e de alguma reorganização orgânica, parece-me que colocar no mercado assim não tem qualquer hipótese. Não há ninguém que meta o seu dinheiro em cima de um banco quando a actividade bancária não parece atractiva. Só indo a par de uma venda directa de uma parte do capital a investidores de referência", disse.

João Duque não concorda com a nacionalização do Novo Banco. O professor do ISEG prefere que o Estado opte pela compra do Banco como forma de proteger o investimento feito pelos contribuintes no fundo de resolução. "Imagine-se que o montante de venda que se está a falar ronde os 2,5 mil milhões de euros. Se o Estado emprestou 3,9 mil milhões porque é que comprará por 3,9 mil milhões o que na prática valeria 2,5 mil milhões? Não me parece que o Estado deva perdoar essa diferença".

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+