O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, desloca-se na quarta-feira à ilha italiana de Lampedusa, onde mais de várias dezenas de imigrantes ilegais perderam a vida num naufrágio.
"Pedimos ao presidente da Comissão Europeia que venha e tome conhecimento [da situação] por si mesmo. Estará na quarta-feira a visitar Lampedusa", anunciou este domingo o chefe do Governo de Itália, Enrico Letta.
Em França, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Laurent Fabius, considerou, a propósito do acidente, que a questão da imigração devia ser analisada no Conselho Europeu de 24 e 25 de Outubro.
Hoje, o naufrágio foi também recordado pelo Papa Francisco, que pediu um momento de oração em silêncio pelas vítimas. O número de mortes no naufrágio está nos 130, mas o total deve ultrapassar as três centenas, uma vez que a embarcação teria cerca de 500 imigrantes clandestinos africanos a bordo.
De acordo com as Nações Unidas, a maioria dos imigrantes era originária da Eritreia e da Somália. Entre os que conseguiram escapar com vida, encontra-se o suposto responsável pelo navio: um tunisino de 35 anos, que se encontra detido pelas autoridades italianas.
Até ao momento foram encontradas com vida 155 pessoas, entre elas uma mulher, com cerca de 20 anos, que estava no meio dos cadáveres recuperados no mar e que foi descoberta por um socorrista.
Na opinião do ministro italiano do Interior, "isto não é uma tragédia italiana, é uma tragédia europeia" e "Lampedusa tem de ser considerada a fronteira da Europa.