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Rússia recua na alteração de fronteiras marítimas no Mar Báltico

22 mai, 2024 - 15:29 • Diogo Camilo

Ministério da Defesa propôs a retificação de fronteiras, mas apagou o decreto horas depois. Lituânia diz que é "escalada óbvia" contra a NATO e UE, Estónia classifica a proposta de "absurda".

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A Rússia avançou esta quarta-feira com a intenção de ajustamento das fronteiras das águas do Mar Báltico, causando preocupação entre países como Finlândia, Lituânia, Suécia e Estónia.

O decreto do Ministério da Defesa russo foi entretanto apagado, mas indicava que uma medição anterior, feita pela União Soviética em 1985, usava cartas náuticas do século XX e, por isso, as fronteiras até agora delineadas não podiam corresponder às coordenadas cartográficas modernas.

Em causa estão as ilhas russas na parte oriental do Golfo da Finlândia e a fronteira marítima de Kaliningrado.

Segundo a Reuters, a proposta foi esta quarta-feira apagada do portal governamental, mostrando apenas uma mensagem: “Este rascunho foi apagado.”

Em reação, o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, criticou a Rússia pode “decidir fronteiras de maneira unilateral”, citado pela agência noticiosa TT, enquanto o presidente finlandês, Alexander Stubb, adiantou que não foi informado pela Rússia da decisão.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, chamou à proposta uma “escalada óbvia” contra a NATO e a União Europeia e que deve ter uma “resposta apropriada e firme”, enquanto o homólogo estónio, Margus Tsahkna, afirmou ser uma “proposta absurda”.

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