27 abr, 2016 - 18:15
Na véspera da estreia de João Sousa, em singulares, no Estoril Open, o tenista português recebe uma mensagem de grande confiança de Nuno Marques. O seleccionador nacional não tem dúvidas que "ele pode ganhar" o torneio: "É a minha aposta".
"O João é um grande jogador, já ganhou dos torneios do nível do Estoril, e era muito bom para ele e para todos que ele pudesse avançar e ganhar o torneio", diz Nuno Marques, em entrevista à Renascença.
O primeiro desafio do número um nacional é diante de Nicolas Almagro, que afastou Frederico Silva, na 1ª ronda. O espanhol é o 71 do ranking, o que prova que "não está no pico da carreira, mas consegue jogar a um nível elevadíssimo", adverte o seleccionador.
Almagro já foi o número nove do mundo. Pela frente terá um oponente na 34ª posição, mas muito motivado para "fazer as pessoas felizes". "Ele quer mostrar o seu valor, apesar de nada ter a provar, mas quer dar essa alegria às pessoas. Isso mostra o jogador e pessoa que é", argumenta.
Nesse sentido, espera que o apoio do público funcione como motivação e não pressione o jogador português
Presente é garantia de futuro
João Sousa é o único português ainda em prova no Clube de Ténis do Estoril, depois das eliminações de Gastão Elias, Frederico Silva e Pedro Sousa.
O trio não teve sorteios favoráveis e acabou por cair diante de adversários muito mais experientes. Ainda assim, Nuno Marques não poupa elogios aos seus tenistas e sublinha o bom ano que estão a viver. Gastão entrou, pela primeira vez, no top 100. Frederico atingiu o seu melhor ranking de sempre e Pedro Sousa já subiu mais de 400 lugares, desde o início do ano.
Todos têm potencial para continuar a crescer, inclusivamente, João Sousa: "Acredito que ele pode chegar a um top 20, claro que pode. Ele acredita que sim. Mais do que ficar agarrado a um número há a necessidade de continuar a evoluir. Ele sente isso. Tem a sensatez para pensar que pode melhorar o seu jogo".
Nuno Marques realça, ainda, o impacto que o jogador, de 27 anos, tem para a modalidade em Portugal, considerando que Sousa "é uma inspiração".
"Ajuda ter referências como o João. Eleva a fasquia. Ele já chegou ao 33, o seu melhor ranking, e pode subir. Gostaria que tivesse ainda mais impacto nos miúdos, para haver mais praticantes, mais courts e mais facilidades para os jovens que fazem desporto de alto nível, para, por exemplo, conciliar [o ténis] com as aulas. Para a modalidade é incrível ter jogadores como ele", conclui o seleccionador nacional de ténis, nesta entrevista a Bola Branca.