Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Holandeses dizem "não" a acordo UE-Ucrânia, Juncker "triste"

07 abr, 2016 - 13:23

Os eleitores holandeses rejeitaram em referendo um tratado entre a União Europeia e a Ucrânia. O Presidente ucraniano fala num "ataque à unidade da Europa".

A+ / A-

Os eleitores holandeses rejeitaram na quarta-feira o acordo entre a União Europeia (UE) e a Ucrânia. O “não” registou 61,59% dos votos num referendo que conseguiu atrair apenas 32% dos eleitores.

Na noite de quarta-feira, numa primeira reacção aos resultados, o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, disse que o seu Governo não pode “ignorar” a expressiva rejeição do acordo. O executivo terá de reconsiderar a sua decisão de ratificar o acordo, que prevê uma maior aproximação entre a UE e a Ucrânia.

Ucranianos "desiludidos" com o "Não" holandês
Ucranianos "desiludidos" com o "Não" holandês

A porta-voz do presidente da Comissão Europeia (CE) diz que Jean-Claude Juncker ficou “triste” com a decisão do eleitorado. “A Comissão permanece fortemente comprometida com o desenvolvimento das suas relações com a Ucrânia”, afirmou Margaritis Schinas.

Compete agora ao governo holandês analisar o resultado da ida às urnas de quarta-feira, acrescentou a porta-voz da CE.

O Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, disse esta quinta-feira que o resultado do referendo na Holanda constitui “um ataque à unidade da Europa”.

“Gostaria de lembrar que o verdadeiro objectivo deste referendo não é chegar a um acordo entre a Ucrânia e a União Europeia. É um ataque à unidade da Europa e à expansão dos valores europeus”, disse Poroshenko aos jornalistas em Tóquio, citado pela agência Reuters.

O acordo UE-Ucrânia, que abrange questões políticas, económicas e do âmbito da defesa, já foi subscrito pelo primeiro-ministro holandês e aprovado por todas as outras nações europeias. Entrou em vigor em Janeiro.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • 07 abr, 2016 Alverca 16:14
    Os Holandeses não são parvos, perceberam logo que se trata de uma decisão politica.
  • TUGA
    07 abr, 2016 LISBOA 15:30
    VÃO HAVER MAIS REFERENDOS ATÉ DIZEREM QUE SIM!!! OS MERCADOS FINANCEIROS VÃO COMEÇAR A FAZER A CABEÇA AO ELEITORES!!! AMEAÇAS E OUTRAS PRESSÕES!!
  • rfm
    07 abr, 2016 Coimbra 14:38
    A boas decisões dos povos, deixam os chefes tristes (?) Este "acordo" para beneficio de meia dúzia só tem prejudicado os povos europeus !!!

Destaques V+