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Proposta do Governo tira 517 euros ao comandante da GNR, maior aumento fica nos 227,70 euros

03 mai, 2024 - 21:02 • Lusa

Na base da carreira, um guarda teria um aumento de 72,86 euros, ao passo que o comandante-geral da GNR, no topo da hierarquia, perderia 517,30 euros.

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A proposta do Governo para o novo suplemento de missão da GNR implica uma perda salarial de 517,30 euros para o comandante-geral, com o maior aumento na carreira a ser de 227,70 euros para um alferes.

Os números são da Associação Nacional dos Oficiais da Guarda (ANOG), que, numa nota divulgada esta sexta-feira, refere que a proposta apresentada na quinta-feira pelo Governo à GNR "acarreta uma diminuição da remuneração de um grande número de militares e um impacto muito pouco expressivo nos restantes".

Segundo a ANOG, um cabo da GNR ganharia apenas mais 9 euros, mas um cabo-chefe perderia 33,11 euros e um cabo-mor ficaria com menos 54,17 euros no seu ordenado.

Na base da carreira, um guarda teria um aumento de 72,86 euros, ao passo que o comandante-geral da GNR, no topo da hierarquia, perderia 517,30 euros (à semelhança do diretor-nacional da PSP) - valor que representa a maior diminuição salarial, de acordo com as contas da ANOG.

Segundo a Associação Nacional dos Oficiais da Guarda, o maior aumento salarial na carreira da GNR seria de 227,70 euros para um alferes.

A ANOG critica que "a tutela apresentou uma solução que passa pela substituição do atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança por um suplemento de missão que varia com a categoria profissional".

Na quinta-feira, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, propôs um novo suplemento de missão para os elementos da PSP e da GNR - no valor entre os 365,13 euros e os 625,94 euros - que vai substituir o atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança.

Com este novo suplemento de missão, que tem como referência os vencimentos base do diretor-nacional da PSP e do comandante-geral da GNR, que são de 5.216,23 euros, há polícias e militares da GNR que ficam com um vencimento inferior ao que auferem atualmente, segundo os sindicatos da PSP e associações da GNR, que na quinta-feira estiveram reunidos com Margarida Blasco.

O atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança que os elementos da PSP e GNR recebem tem uma componente variável que corresponde a 20% do salário base e uma componente fixa de 100 euros.

Segundo a proposta apresentada pelo Governo aos sindicatos da PSP, os oficiais passariam a ter um suplemento de missão de 12% da remuneração base do diretor-nacional da PSP e do comandante-geral da GNR, enquanto a percentagem para os chefes da PSP e sargentos da GNR é de 9% e para os agentes e guardas é de 7%.

Os polícias e os militares da GNR exigem um suplemento de missão idêntico ao que o anterior Governo (PS) atribuiu à Polícia Judiciária, que em alguns casos representou um aumento salarial de 700 euros.

Na quinta-feira, no final da reunião com a ministra da Administração Interna, os dirigentes dos sindicatos da PSP e das associações socioprofissionais da GNR contestaram a proposta do atual Governo (Aliança Democrática) e afirmaram sentir-se "extremamente injustiçados". .

A plataforma que congrega estas estruturas vai apresentar à ministra uma contraproposta na próxima reunião, que se realiza a 15 de maio.

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