02 abr, 2016 - 21:57
O ex-presidente do PSD Pedro Santana Lopes deixou elogios à maneira de ser "fria, responsável e determinada" do actual líder social-democrata, a quem assinalou "parecenças" com Sá Carneiro, criticando os “ausentes” do congresso.
"É por termos um líder com esta maneira de ser fria, responsável e determinada - só não concordo com o frio (...) - é exactamente com esta maneira de ser que Pedro Passos Coelho conseguiu aquilo que nenhum líder de países que atravessaram dificuldades semelhantes às nossas conseguiu: foi ele que teve o melhor resultado em eleições legislativas depois de um programa de austeridade extremamente difícil, cometendo uma proeza absolutamente extraordinária", afirmou Pedro Santana Lopes, perante os congressistas que se reúnem este fim-de-semana em Espinho.
Apontando umas "parecenças muito curiosas" de Passos Coelho com Sá Carneiro, o agora provedor da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa lamentou a falta de "disponibilidade" de alguns críticos do líder do PSD para se deslocarem ao congresso, referindo-se directamente a Rui Rio.
Santana Lopes homenageou Cavaco Silva no congresso do PSD agradecendo os "serviços prestados ao país" pelo antigo Presidente da República em "circunstâncias dificílimas".
"Devemos uma palavra de agradecimento a Aníbal Cavaco Silva pelos serviços prestados ao país", disse Santana Lopes durante a sua intervenção no 36º congresso do partido. Os 750 congressistas responderam às palavras do ex-líder do PSD com um aplauso de pé ao antigo Presidente da República.
Sublinhando que um dia, "com mais distância e serenidade", se fará o registo dos serviços prestados por Cavaco Silva na chefia do Estado, o agora provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa recordou as "circunstâncias dificílimas" em que o também antigo líder do PSD e ex-primeiro-ministro exercer o seu mandato, primeiro com o Governo socialista de José Sócrates, depois com a crise.
Pedro Santana Lopes fez igualmente referência ao novo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também ele antigo líder social-democrata, notando que, com a sua eleição, pela primeira vez na história há um `empate` de "2-2" entre chefes de Estado oriundos do PS [Mário Soares e Jorge Sampaio] e do PSD [Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa]. "Um dia haverá quem desempatará", disse.