11 nov, 2015 - 15:31
As mulheres e os reformados (36,5%) são quem mais sofre de sintomas de depressão, que, em 2014, afectavam um quarto da população portuguesa com 15 ou mais anos, segundo o Inquérito Nacional de Saúde divulgado hoje pelo INE.
No total, 36,5% da população reformada apresentava sintomas de depressão em 2014, face a 18,5% da população empregada, revela o inquérito realizado em 2014 pelo Instituto Nacional de Estatística, em colaboração com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.
Dos 25,4% dos portugueses que sofrem de depressão, 16,4% apresentam sintomas depressivos ligeiros, 5,8% sintomas moderados e 3,2% sintomas fortes ou muito fortes.
"Para estes sintomas era muito acentuada a diferença entre homens (16%) e mulheres (33,7%), particularmente nos [sintomas] de intensidade ligeira", refere o inquérito, que visa caracterizar a população residente com 15 ou mais anos em três "grandes domínios": estado de saúde, cuidados de saúde e determinantes de saúde relacionadas com estilos de vida.
Consumo de medicamentos subiu
O inquérito analisou também o consumo de medicamentos prescritos por um médico, que rondou os 90% para a população idosa em 2014.
Segundo os dados, cerca de 56% dos portugueses maiores de 15 anos consumiram medicamentos prescritos por médicos, nas duas semanas anteriores à entrevista do INE.
Este consumo aumenta de forma acentuada com a idade: inferior a 30% para pessoas com menos de 35 anos, 54,1% entre 45 e 54 anos e mais de 90% para as pessoas com 75 ou mais anos.
Já o consumo de medicamentos não prescritos é mais frequente até aos 34 anos. No ano passado, 23,9% da população com mais de 15 anos consumiu medicamentos (nas duas semanas anteriores) não prescritos por um médico.
No último trimestre de 2014, cerca de 75% dos portugueses consultaram o médico de família nos 12 meses anteriores à entrevista, com proporções entre 65,5% para os mais jovens (15 a 24 anos) e 86,6% para as pessoas com mais de 75 anos.
O documento divulga também que os jovens são os mais satisfeitos com a vida, sendo que cerca de metade da população mostrava-se globalmente satisfeita ou bastante satisfeita, segundo a Escala de Satisfação com a Vida.
As regiões autónomas concentram a maior proporção de pessoas satisfeitas ou bastante satisfeitas com a vida: 54,8% nos Açores e 53,4% na Madeira.