A+ / A-

​Acções do BPI voltam à negociação na bolsa

03 mar, 2016 - 10:30

Suspensão das acções esteve relacionada com a informação de que o CaixaBank, o terceiro maior banco de Espanha, pretendia reforçar a sua participação no banco português.

A+ / A-

O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deliberou, esta quinta-feira, o levantamento da suspensão da negociação das acções do Banco BPI, por terem cessado os motivos que justificaram a mesma.

Na quarta-feira, a CMVM suspendeu a negociação das acções do Banco BPI à espera que o banco divulgue "informação relevante" ao mercado.

Esta quinta-feira, o regulador adiantou, em comunicado, ter deliberado o levantamento da suspensão da negociação das acções do BPI.

As acções do BPI chegaram a negociar-se na Bolsa de Lisboa a subir 10,38%, tendo sido suspensas quando se cotavam a 1,18 euros e após a transacção em mercado de 7,52 milhões de ”papéis”.

A agência de informação financeira Bloomberg divulgou, na terça-feira à noite, que o CaixaBank, o terceiro maior banco de Espanha, está em negociações com a investidora angolana Isabel dos Santos para comprar a sua participação no banco português.

Fontes próximas do CaixaBank citadas pela Bloomberg disseram que o banco espanhol e Isabel dos Santos podem chegar a acordo "nos próximos dias" para que o CaixaBank possa comparar a participação da empresária angolana no BPI, de pouco mais de 20%.

O CaixaBank, que detém 44% do BPI, pretende aumentar a sua posição no banco português, depois de no ano passado ter avançado com uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) no valor de 1,1 mil milhões de euros para comprar os restantes 56%, uma iniciativa que acabou por não vingar.

As mesmas fontes indicaram, no entanto, que não foram tomadas decisões finais e que as negociações ainda podem cair por terra.

A Bloomberg esclareceu ainda que nem o BPI, nem o CaixaBank, quiseram falar sobre o assunto e que o porta-voz de Isabel dos Santos em Lisboa não esteve disponível para responder.

O Conselho de Administração do BPI está a tentar remover uma regra que limita a 20% os direitos de voto e que, actualmente, faz com que o CaixaBank, que detém uma participação de mais do dobro no BPI do que Isabel dos Santos, tenha os mesmos direitos de voto do que a empresária angolana.

Isabel dos Santos detém 18,6% no BPI através de uma participação detida pela Santoro Finance e controla mais 2,3% do banco através do Banco BIC.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+