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​Navio da I Guerra Mundial encontrado na barra do Tejo

23 fev, 2016 - 21:00

Destroços do caça-minas "Roberto Ivens", afundado em Julho de 1917, foram detectados por um sonar.

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Têm quase cem anos e foram agora detectados. Destroços do caça-minas “Roberto Ivens”, navio afundado durante a I Guerra Mundial, foram encontrados esta semana na barra do Tejo.

Os destroços do “Roberto Ivens” foram localizados, na segunda-feira, a cerca de 4 milhas náuticas a Sul da entrada da Barra do Porto de Lisboa, avançam a Marinha e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Foram detectados com recurso a um sonar lateral, operado a partir da lancha “Andrómeda”, da Marinha. Na operação participou uma equipa do Instituto Hidrográfico e um elemento do Instituto de História Contemporânea.

“A fase seguinte desta missão será inspeccionar os destroços com recurso a um ROV (Remotely Operated Vehicle), recolhendo as suas imagens em profundidade para o devido estudo arqueológico”, explica a Armada.

“O destroço do caça-minas Roberto Ivens foi agora localizado, situando-se numa posição distinta daquela onde a documentação oficial o apontava como perdido. A localização permite aprofundar o conhecimento sobre a presença e o papel da Marinha durante o período conturbado da Grande Guerra e, simultaneamente, lança um novo olhar sobre a real dimensão da ameaça submarina alemã em águas territoriais portuguesas”, adianta o Ministério da Ciência.

O caça-minas “Roberto Ivens” foi o primeiro navio da Marinha Portuguesa a afundar-se durante a I Guerra Mundial.

Tudo aconteceu no dia 26 de Julho de 1917, quando o navio colidiu com uma mina que tinha sido deixada por um submarino alemão.

Com a força da explosão, o navio ficou imediatamente partido em dois e afundou-se em poucos minutos. Morreram 15 tripulantes, entre os quais o comandante Raul Cascais, e sete foram resgatados com vida.

O achado dos destroços acontece a poucos dias de uma efeméride. A 9 de Março cumprem-se 100 anos desde que a Alemanha declarou guerra a Portugal, na sequência do aprisionamento de navios alemães e austríacos nos portos nacionais.

Comentários
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  • GURU
    26 fev, 2016 lisboa 14:40
    Agora compreendo o porquê de perder tantos anzois naquela zona...e ter apanhado tanto peixe!
  • i
    25 fev, 2016 Oeiras 21:33
    ..auma acção corresponde uma reacção... Parabéns a todos os participantes por esta descoberta .
  • Simão da Vitória
    25 fev, 2016 Portalegre 00:43
    Será por acaso algum dos 72 navios que a republiqueta do Afonso Costa surripiou aos alemães que não nos tinham feito mal nenhum? Sintomático ter acontecido no dia 23 de há 100 anos, data em que foi redigido o decreto de extorsão e que veio a ser publicado no dia 24 a seguir. O governo alemão bem pediu que o decreto fosse revogado. Mas os nossos domésticos pedreiros-"livres" já estavam comprometidos com maçonaria britânica, acorrentados de pés e mãos. E os serranos ´ e que foram tramados. Carne para canhão para a Flandres.
  • Carlos Martins
    24 fev, 2016 Leiria 12:49
    Tempos idos em que Portugal tinha força para ofuscar a Alemanha....
  • António
    24 fev, 2016 Sintra 11:04
    Cresci a ouvir da minha avó e da minha mãe relatos da morte do meu tio-avô Américo Ribeiro, embarcado neste navio. Elas estavam seguras que só tinha sobrevivido um camarada do Américo, a quem o meu tio, já na água, terá pedido para se despedir por ele da minha bisavó, Maria.
  • Joao
    24 fev, 2016 Usa 06:25
    José Seco, haja alguem que tenha coragem de dizer as verdades. Viven muito bem a sugar o resto da Europa.
  • tuga
    24 fev, 2016 tugal 02:28
    o gajo não foi lá grande coisa a caçar... foi caçado!
  • Fernando Inácio
    23 fev, 2016 Almada 23:36
    Desconheço o que é a lança "Andrómeda"! Mas sei o que é o N.R.P. Andrómeda ou Lancha Hidrográfica Andrómeda. Estamos em presença de um erro crasso Jornalístico. jornalístico!... stico.
  • Miguel Costa
    23 fev, 2016 Santo Tirso 23:26
    Haja respeito nos comentarios. Esta noticia refere-se ao local que, e por força das circunstâncias, se tornou túmulo de várias pessoas que morreram ao serviço do seu País. A eles, o meu respeito e que descancem em paz.
  • Rui Santos
    23 fev, 2016 Lisboa 23:13
    Há anos que um monte de gente já conhece o destroço e lá mergulha , e só agora saiu a notícia. Deve ser por causa do aniversário...

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