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​Família de incendiários terá ateado mais de 30 fogos

19 fev, 2016 - 19:35 • Celso Paiva Sol

Pai, mãe e filho tentaram convencer os vizinhos de que precisavam de segurança nas suas propriedades e reagiram mal a quem não aceitava a proposta.

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A Polícia Judiciária (PJ) concluiu a investigação a uma família suspeita de ter ateado 33 incêndios na região alentejana de Grândola.

Pai, mãe e filho tentaram convencer os vizinhos de que precisavam de segurança nas suas propriedades e reagiram mal a quem não aceitava a proposta.

Quando, em Outubro, a Judiciária de Setúbal deteve dois homens, pai e filho, com 55 e 18 anos, por suspeita de terem ateado meia dúzia de incêndios, estava ainda longe de imaginar que seriam afinal os autores de muitos outros fogos. Agora que concluiu a investigação, a PJ acredita que são responsáveis por 31 incêndios, a que se devem somar outros dois ateados pela mulher da casa, uma holandesa, de 51 anos, a viver há muitos anos no Alentejo.

Os crimes terão começado no Verão do ano passado, quando o principal arguido se ofereceu a várias explorações agrícolas vizinhas para ser vigilante daquelas propriedades. Proponha-se ser uma espécie de guarda-florestal privado.

A maior parte dos vizinhos disse que não estava interessada e foi aí que começaram os incêndios, ao todo 33, entre Julho e Outubro do ano passado.

Arderam diversas zonas florestais, mas também armazéns agrícolas e muitos equipamentos.

O pai, desempregado e apontado como principal arguido, está em prisão domiciliária desde Outubro.

O filho, ainda estudante, cúmplice nos crimes, e que muitas vezes era quem dava o alerta aos bombeiros depois de ateados os fogos, está com apresentações periódicas às autoridades.

A mãe, suspeita de ter provocado sozinha pelo menos dois incêndios, é para já apenas arguida, com Termo de Identidade e Residência.

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  • Mara
    19 fev, 2016 Portugal 23:27
    Há tempo alguém zangado porque cortaram um caminho, pegou fogo ao terreno por onde não podia passar, segundo diziam, o fogo foi posto num dia não fazia vento, não ardeu, no dia seguinte também não, no terceiro, fazia um vendaval medonho, ardeu o terreno da senhora do caminho e vários entre eles um meu, logo que soube meti-me a caminho para saber o que se passava, o Presidente da Junta perguntou se sabia do homenzinho que vivia na casa, fui ver se o via nas tabernas que costumava frequentar não estava, voltei para ver se conseguia chegar junto do terreno, disseram que a casa tinha ardido, entrei em pânico julgando o idoso ter morrido, fui por um caminho muito longo, vi porcos a fugir com pelos a arder, galinhas com chamas nas penas, aves aflitas a esvoçar à volta dos ninhos, fiquei horrorizada, perguntei-me como alguém ter tanto ódio no coração que cometa um tão grande crime contra pessoas, animais e plantas que não fizeram mal ninguém? Felizmente a casa não ardeu graças ao homem não ter ido para a taberna, e ele além da casa salvou a cortiça duma senhora a quem o marido faleceu e devido às doenças e um roubo que lhe fizeram estava numa situação horrível. Mais do que a prisão quem comete estes crimes devia ser obrigado a plantar as árvores e reconstruir o que estragou...

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