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Princípio e Fim

Pode a fé ajudar a ultrapassar a dor?

08 fev, 2016 - 00:10 • Ângela Roque

A mensagem do Papa para o Dia Mundial do Doente guiou as reportagens desta semana do “Princípio e Fim” : conversámos com quem a doença grave ajudou a fortalecer a fé, ouvimos o testemunho de quem dá apoio espiritual aos doentes e até ao pessoal médico num hospital, e falámos de um livro que conta às crianças o que é a dor crónica. Em destaque estiveram ainda os 100 anos das aparições em Fátima, a visita da imagem peregrina à diocese de Lisboa, e a “Missão País”, que mobiliza milhares de jovens universitários.

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Princípio e Fim (07/02/16)

A Igreja assinala a 11 de Fevereiro o Dia Mundial do Doente. Na mensagem que divulgou para este dia o Papa lembra que a doença, sobretudo quando é grave, coloca a fé em Deus “à prova”, mas também dá “uma chave” para descobrir o sentido mais profundo do que se está a viver, sendo muitas vezes um “caminho” para chegar a uma proximidade mais estreita com Deus.

Em S. Romão, Seia, encontrámos alguém a quem a doença ajudou a fortalecer a fé. Maria da Conceição Pinto vive acamada há mais de 50 anos, por causa de um tumor da hipófise, mas dedicou toda a sua vida à oração.

Falar da dor às crianças, mas a brincar, foi o que fez uma professora de educação e moral de Braga. “A Melodia de Mara” é o título deste livro inspirado na experiência diária que a autora tem com a dor, por sofrer de fibromialgia. A obra, que algumas escolas já adoptaram tem um fim solidário: parte das receitas destinam-se a apoiar quem precise de ajuda para tratamentos. O IPO do Porto foi o primeiro destinatário do projecto, mas a autora já pensa em adaptar o livro para crianças com necessidades educativas especiais.

Porque “assistir aos enfermos” é uma das obras corporais de misericórdia, a nossa reportagem passou de novo pela capela do hospital de Sant’Ana, na Parede. Há uma semana falámos do seu valor artístico, no programa deste Domingo fomos ver como o capelão e as irmãs dominicanas de Santa Catarina de Sena asseguram apoio espiritual aos doentes, aos seus familiares e até ao pessoal médico.

O cardeal Patriarca de Lisboa está preocupado com a possibilidade da morte medicamente assistida vir a ser legalizada, e espera que a discussão que se aproxima, sobre a eutanásia, leve a uma reflexão profunda de toda sociedade sobre a facilidade com que hoje se opta por eliminar a vida. Declarações à Renascença nos Jerónimos onde presidiu, este Domingo, à celebração que encerrou a visita da imagem peregrina de Fátima à diocese de Lisboa.

A visita do Papa ao Santuário será o ponto alto das comemorações dos 100 anos das aparições. O programa oficial vai abrir a 1 de Dezembro. O reitor do Santuário falou-nos da preocupação que houve em preparar um programa comemorativo abrangente e culturalmente atractivo.

Em destaque no programa esteve ainda a “Missão País”, um projecto católico que todos os anos, por esta altura, leva milhares de universitários a partir em missão, cá dentro. Aproveitam a pausa lectiva entre o 1º e o 2º semestre para dar testemunho da sua fé através da caridade e do serviço aos outros. Este ano estão em missão 2 mil e 500 jovens.

Ouvimos ainda o apelo renovado pelo Papa, por causa do conflito na Síria. “Só uma solução política do conflito poderá garantir um futuro de reconciliação e de paz” disse Francisco, que denunciou a “dramática” crise humanitária que atinge a população civil que foge da guerra, e apelou à “generosidade” da comunidade internacional.

A crónica do programa foi esta semana da escritora Maria Teresa Maia Gonzalez.

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