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Meio século de arte europeia e americana em Serralves

07 fev, 2016 - 15:10

Colecção Sonnabend é uma das mais importantes da segunda metade do século XX.

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O museu de Serralves, no Porto, recebe até Maio a Colecção Sonnabend intitulada "Meio século de arte europeia e americana", num diálogo com a arquitectura do museu desenhado por Siza Vieira.

Andy Warhol. Nine Jackies, 1964

Num encontro com a imprensa antes da abertura da exposição, o comissário António Homem, que começou a trabalhar com Sonnabend em 1968, em Paris, disse que era "um luxo enorme a possibilidade de apresentar" a colecção no espaço do arquitecto Siza, realçando "o diálogo entre a colecção e a arquitectura do local, o que é absolutamente magnífico".

Giovanni Anselmo. Sem título (O algodão molhado é lançado contra o vidro e aí permanece), 1968

A exposição inclui em título a referência ao facto de ser uma primeira parte de um projecto que se pretende que tenha continuidade, embora ainda sem data definida, e que, segundo António Homem, deverá abordar, no segundo momento, a arte fotográfica e artistas dos anos 1980 como Jeff Koons, que fizeram uma "releitura da arte pop" por uma perspectiva conceptual.

Michelangelo Pistoletto. Uomo Seduto, 1963

"Não desgosto da ideia em que se vê uma [primeira] parte e há uma parte que falta", afirmou aos jornalistas António Homem.

Considerada uma das mais importantes colecções de arte da segunda metade do século XX, como frisou a directora do museu de Serralves, Suzanne Cotter, a exposição patente no Porto até 8 de Maio está distribuída por cinco núcleos (ou "paisagens emocionais", como classificou o comissário) com nomes como Christo, Jasper Johns, Andy Warhol, Richard Serra, Sol LeWitt, entre muitos outros, terminando com uma peça de chão de Barry Le Va.

Andy Warhol. White Brillo Boxes, 1964

A exposição abrange 61 pinturas, esculturas e instalações de um total de 44 artistas, com uma amplitude cronológica que vai de 1956 a 2007.

Nascida em Bucareste, na Roménia, em 1914, Ileana Sonnabend casou, em 1934 com Leo Castelli, vindo a abrir uma galeria de arte em Paris em 1939, ano do início da Segunda Guerra Mundial, que obrigou o casal a emigrar para Nova Iorque, segundo informações disponibilizadas por Serralves.

Anselm Kiefer. Wege IV, 1978

Uma nova galeria viria a nascer naquela cidade norte-americana em 1957, onde se apresentaram artistas como Robert Rauschenberg e Yves Klein.

Gilberto Zorio. Untitled, 1968

Em 1959 Ileana casa-se com Michael Sonnabend, com quem abre uma galeria em Paris, em 1962, e outra em Nova Iorque, em 1970, partindo daí a constituição da colecção de arte contemporânea.

Roy Lichtenstein. Large Spool, 1963

"Ileana Sonnabend manteve, durante toda a sua vida, o compromisso de divulgar os artistas ligados aos principais movimentos da arte contemporânea europeia e norte-americana. A sua colecção pessoal, reunida parcialmente nesta exposição, reflecte esse compromisso e espelha a dupla actividade de coleccionadora e galerista", pode ler-se no documento sobre a exposição.

Comentários
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  • Rui Alberte
    07 fev, 2016 Norte 16:30
    Deitem tudo para o lixo, serviu de pouco ou nada, criem alguma distância a cultura ocidental e verão as coisas com mais clareza, novo seculo nova mentalidade precisa-se

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