Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Governo liberta 7 milhões para qualificar pessoas com deficiência

21 jan, 2016 - 06:39 • Filomena Barros

A Renascença apurou que se trata de uma medida excepcional. Os destinatários são pessoas com deficiência, à procura de emprego ou desempregadas.

A+ / A-

O Governo aprova esta quinta-feira o reforço financeiro de 125 instituições de apoio à qualificação de pessoas com portadoras de deficiência. Trata-se de uma medida excepcional, enquanto espera pelas verbas de Bruxelas.

São 7,3 milhões de euros para garantir acções de qualificação a quase oito mil formandos, entre Janeiro e Março. Os destinatários são pessoas com deficiência, à procura de emprego ou desempregadas. Há vários anos que estas acções de formação são financiadas pelo Fundo Social Europeu.

Acontece que os habituais atrasos na transição entre quadros comunitários estão a ser mais graves e o Portugal 2020 não está ainda a aceitar candidaturas, no âmbito do Programa Operacional de Inclusão e Emprego. Ou seja, até 31 de Dezembro do ano passado, as 125 entidades que prestam este serviço tiveram verbas do QREN e, a partir de 1 Janeiro, ficaram sem financiamento.

Ficaram, assim, em causa as acções de formação, os subsídios aos formandos e os salários dos técnicos das instituições. Preocupadas com a situação, quatro federações alertaram o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

A solução, apurou a Renascença junto de fontes oficiais, está numa medida de apoio excepcional e temporária que garante as verbas para os primeiros três meses do ano. O financiamento será suportado em colaboração com o Instituto de Emprego e Formação Profissional.

A expectativa é que, em Fevereiro, já seja possível apresentar candidaturas no Programa Operacional do Portugal 2020. As instituições esperam que em Abril já tenham o dinheiro enviado por Bruxelas.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Paulo
    21 jan, 2016 Viana 16:12
    Melhor notícia dos últimos anos!
  • António de Aveiro
    21 jan, 2016 Aveiro 11:03
    Hoje é dada noticia de uma professora de ciências, de 49 anos de idade - MARTA SIMÔES, de Braga, ser portadora de 3 cancros e a Caixa Geral de Aposentações não lhe dar a invalidez e os Serviços de Administração do Ensino a obrigar ir trabalhar, ou em alternativa a sua passagem à reforma. Nos atuais moldes de contagem de tempo de trabalho, para efeito de reforma, O,5% por cada mês em falta, em 17 anos = 199 meses dar-lhe-á uma reforma no mínimo para fazer meia dúzia de viagem ao IPO no Porto. Nesta noticia de Governo libertar 7 milhões de € para qualificar pessoas com deficiência, será que não a podem incluir, ou não caso de impossibilidade, passa-la à reforma por invalidez?.. O Estado ao não assumir a responsabilidade de casos como este, está a negar a vida a quem já a tem hipotecada, pela parte mais cruel que pode atacar um ser humano (A INCERTEZA DE VIVER). Que a quem toma decisões (Juntas Médicas) nunca lhe caia em si, ou seus familiares uma catástrofe destas, porque estas doenças destrói uma família.
  • António Silva
    21 jan, 2016 Pedroso 09:12
    Concordo consigo José Manuel, mas mais grave, na minha opinião é a nova lei sobre a Pensão de Invalidez. Só tem direito a esta pensão quem for acamado ou se tiver cancro e que o médico preveja que não dura mais de três anos. E como ficam as pessoas com deficiência que começam a ter problemas de saúde e já tem um histórico de descontos para a segurança social com mais de trinta anos. É esta lei que o governo tem de reverter. É UMA VERGONHA somos tratados abaixo de cão.
  • José Manuel
    21 jan, 2016 Sintra 08:29
    Haja alguém que considere as pessoas com deficiência como PESSOAS! É triste que muitos de nós, nomeadamente deficientes motores, estejam à espera de uma prótese há mais de 2 anos!

Destaques V+