14 jan, 2016 - 11:11
O Estado Islâmico assume a autoria dos atentados perpetrados esta quinta-feira em Jacarta, na Indonésia.
“Os guerrilheiros do Estado Islâmico levaram a cabo os ataques armados desta manhã contra cidadãos estrangeiros e as forças de segurança encarregadas de os proteger na capital indonésia”, afirma a agência de notícias do grupo, Aamaaq.
O centro de Jacarta foi palco de uma vaga de explosões (pelo menos, seis) e de tiros em vários pontos, um dos quais junto à representação da ONU.
Pelo menos sete pessoas morreram, entre as quais cinco atacantes. Os números não estão, contudo, fechados e diferem de fonte para fonte. Segundo as últimas informações oficiais, as duas vítimas civis são um cidadão holandês e outro canadiano.
Antes da reivindicação do grupo, o chefe da polícia de Jacarta tinha afirmado aos jornalistas que o Estado Islâmico estaria “garantidamente” por trás dos ataques.
De acordo com Tito Karnavian, o guerrilheiro Bahrun Naim, principal suspeito, estava “a planear este ataque há algum tempo. Ele está por trás disto”. Bahrun Naim deverá estar agora na Síria.
Numa mensagem de quarta-feira, 13 de Janeiro, o líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, emitiu uma mensagem dirigida aos indonésios e, sobretudo, aos muçulmanos do sudeste asiático, apelando-lhes que atacassem interesses dos Estados Unidos e dos seus aliados na Indonésia.
Não foi ainda clarificado se esta mensagem tem alguma relação com os atentados desta quinta-feira.
Jacarta pode ter sido uma imitação de Paris
Segundo a agência Associated Press, que cita a polícia indonésia, os ataques na capital indonésia terão sido uma imitação dos atentados de Paris, em Novembro do ano passado e que mataram 130 pessoas.
E, tal como aconteceu em Novembro, alguns utilizadores da rede social Twitter começaram a postar imagens do Monumento Nacional de Jacarta, como mensagem de apoio às vítimas. #PrayforJakarta.