10 jan, 2016 - 10:12
Durante uma visita realizada a propósito do Ano Novo à agência que coordena e administra o Exército Popular, Kim Jong-un defendeu que o ensaio nuclear é "uma medida justa que ninguém deve criticar", segundo o texto publicado pela KCNA.
"É uma medida de autodefesa para proteger de forma fiável a paz na península coreana e a segurança regional do perigo de uma guerra nuclear provocada pelo grupo de imperialistas que os Estados Unidos lidera", disse, durante a visita, cuja data exacta não foi adiantada.
Na quarta-feira, Pyongyang anunciou ter realizado o seu quarto teste nuclear e que, pela primeira vez, tinha detonado uma bomba de hidrogénio.
Este artefacto seria mais poderoso do que os detonados pela Coreia do Norte nos testes anteriores (2006, 2009 e 2013), apesar de haver especialistas que duvidam que o regime tenha conseguido desenvolver uma bomba H com base no alcance que a explosão ocorrida teve, considerando que provavelmente se tratou na realidade de uma arma de fissão potenciada.
O anúncio de Pyongyang agudizou a tensão regional e desencadeou a condenação de grande parte da comunidade internacional, estando o Conselho de Segurança da ONU a debater eventuais novas sanções contra o regime norte-coreano.
Kim sublinhou ainda, no seu discurso, de acordo com a agência noticiosa estatal, que o ensaio atómico foi realizado "no arranque do ano em que celebrar-se-á o sétimo congresso do Partido dos Trabalhadores da Coreia".
A Coreia do Norte convocou para maio o primeiro congresso do partido único em 36 anos, um evento que pode vir a marcar o futuro político do hermético regime de Kim Jong-un.