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Sikhs querem que Londres pressione Portugal para libertar “tigre do Calistão”

31 dez, 2015 - 14:39

Paramjeet Singh foi detido no Algarve por suspeitas de terrorismo na Índia. Movimentos da comunidade Sikh dizem que se for extraditado arrisca-se a ser torturado e executado.

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Várias organizações representativas da comunidade sikh estão a pressionar o Governo inglês para tentar assegurar a libertação de Paramjat Singh, um cidadão indiano que vivia em Inglaterra em regime de asilo político há cerca de duas décadas.

Segundo o site Sikh Siyasat News (SSN), baseado no Reino Unido, centenas de deputados britânicos estão a ser contactados sobre este caso, com o objectivo de levar Londres a pressionar Portugal a libertar Singh.

Paramjat Singh foi detido por suspeitas de envolvimento num homicídio e um duplo atentado, ambos cometidos na Índia, onde terá pertencido a um grupo chamado Tigres do Calistão, que tem por objectivo criar um estado independente para os sikhs na região do Punjab. Os sikh são uma comunidade distinta na Índia, que praticam a sua própria religião.

Segundo o SSN, a polícia britânica já tinha investigado estas alegações, considerando que não eram credíveis e recusando, por isso, deter e extraditar Singh. O governo considerou ainda que havia sérios riscos de o cidadão ser torturado ou morto caso fosse deportado para a Índia, pelo que lhe concedeu asilo.

O site recorda que Paramjat Singh enfrenta uma acusação de homicídio e terrorismo na Índia e que por isso existe o risco de ser executado, sendo que os países da União Europeia não costumam extraditar pessoas para países onde podem ser condenados à morte.

Depois de ter sido presente a tribunal, Singh encontra-se detido preventivamente aguardando um pedido formal de extradição para a Índia, que terá então de ser avaliado pelas autoridades portuguesas.

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