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Infarmed reafirma alerta contra suplementos de cálcio

18 dez, 2015 - 12:39

A Ordem dos Farmacêuticos interpôs uma providência cautelar contra a publicidade “enganosa e abusiva” do Calcitrin. Infarmed confirma preocupações.

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A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) alerta esta sexta-feira para os riscos das campanhas publicitárias de produtos com cálcio.

Estes produtos não são medicamentos, pelo que não podem reivindicar que previnem, tratam ou diagnosticam doenças ou os seus sintomas”, começa por afirmar em comunicado.

O Infarmed adianta que estes produtos “não estão sujeitos aos mesmos requisitos dos medicamentos, no que respeita à comprovação da sua qualidade, segurança e eficácia”, pelo que “não são isentos de riscos para a saúde, quando utilizados em quantidades excessivas ou, por exemplo, em indivíduos com doenças renais ou a tomar outros medicamentos”.

A Autoridade Nacional do Medicamento sublinha, por isso que “a prevenção ou o tratamento de doenças deve ser precedida de aconselhamento médico ou farmacêutico e, quando necessário, com a utilização de medicamentos”.

O comunicado surge no mesmo dia em que se soube que a Ordem dos Farmacêuticos interpôs uma providência cautelar para suspender de imediato a publicidade ao suplemento alimentar “Calcitrin MD Rapid”, um produto que promete reforçar os ossos.

“Não está demonstrado que o suplemento de cálcio possa diminuir as fracturas ósseas”, afirma o bastonário Maurício Barbosa à Renascença. “Este caso ultrapassou tudo o que é minimamente aceitável. Foi-se longe demais”, critica ainda

O Infarmed anuncia também que está a desenvolver, em conjunto com a ASAE, uma cação no sentido de verificar a conformidade destes produtos no mercado e garante que irá accionar todos os mecanismos ao seu alcance para proteger a saúde dos cidadãos.

Até que seja divulgada qualquer conclusão, a Autoridade “recomenda a não utilização destes produtos para a prevenção ou tratamento de doenças”.

Comentários
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  • Liliana Santos
    17 mai, 2022 Faro 17:06
    Se nessa altura foi considerada publicidade enganosa e hoje maio/22 Que tera acontecido
  • António Claréu
    17 mai, 2019 Rosário-- Alandroal 19:25
    Certamente que há muita publicidade enganosa seja em medicação ou qualquer outros produtos mas então a fiscalização porque não trava o que não é legal?Acabamos por saber de que lado está a razão.Confiar em quem?
  • Abrir os olhos
    11 mai, 2018 Aljubarrota 21:01
    Deve ser um produto de origem brasileira. Andamos a servir de cobaias. É uma vergonha o INFARMED não proíbir a venda deste e de outros produtos do mesmo nível.
  • 17 nov, 2017 12:22
    Há quinze anos que andam a fazer publicidade a este produto e só agora é que acordaram ?

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