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Costa quer pôr Portugal a ajudar “a mudar a política económica da Europa”

17 dez, 2015 - 16:19

Nos últimos anos a contribuição de Portugal para a UE foi “pobre", critica o primeiro-ministro português.

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O primeiro-ministro, António Costa, disse esta quinta-feira, em Bruxelas, estar certo de que Portugal voltará a ter uma presença activa e construtiva na União Europeia (UE), depois de nos últimos anos ter contribuído "de uma forma tão pobre".

"Depois de anos em que Portugal contribuiu de uma forma tão pobre para aquilo que foi a evolução da Europa, estou certo de que vamos poder retomar uma trajectória de presença activa de Portugal nas instâncias europeias", disse Costa à chegada a uma cimeira de chefes de Estado e de Governo da UE.

António Costa reagia a questões dos jornalistas sobre as declarações proferidas pouco antes, também em Bruxelas, pelo ex-primeiro-ministro e líder do PSD, Pedro Passos Coelho, que disse que solicitou aos seus parceiros do Partido Popular Europeu uma reacção "com moderação" à nova solução governativa em Portugal, apesar de esta causar "alguma apreensão", dado o executivo socialista se ter aliado com "forças antieuropeias".

"A UE não é um espaço monolítico, é um espaço de diversidade e é um espaço democrático", respondeu Costa. "É um espaço onde naturalmente há diferentes forças políticas que se sucedem nos respectivos governos, e felizmente é assim que temos conseguido construir em conjunto a UE."

Nesse sentido, disse estar certo de que Portugal poderá ter um papel mais activo, "ajudando a mudar a política económica da Europa, de forma a centrar-se mais no crescimento e no emprego", de forma a "responder de uma forma solidária" aos desafios que se colocam nas fronteiras da UE, como a crise dos refugiados, a poder "reforçar os instrumentos de combate à criminalidade organizada e internacional", e responder aos grandes desafios da civilização, como as alterações climáticas, temas que serão discutidos na cimeira de chefes de Estado e de Governo da UE.

Costa pede apoio para a Turquia

António Costa defendeu em Bruxelas a necessidade de uma "participação activa" dos países europeus na resposta à "grande pressão" sentida pela Turquia face ao acolhimento de milhares de refugiados sírios.

Aos jornalistas, o chefe do Executivo informou ter participado numa reunião entre alguns dos 28 Estados-membros e o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, com o objectivo de ter "uma participação activa na reposta" à pressão sentida pela Turquia.

"Todos temos a obrigação, de acordo com o plano de acção que aqui aprovámos, de participação activa e de auxílio" à Turquia, recordou António Costa, numa referência à cimeira UE-Turquia do final de Novembro.

"Os acontecimentos provaram que a Turquia já está muito mais integrada do que alguns pensavam", concluiu.

Comentários
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  • TABEM!
    17 dez, 2015 Lisboa 23:09
    Cegos andamos todos nós quando permitimos durante 4 anos que a grande maioria do povo portugues caisse numa agonizante miséria.
  • Pois!
    17 dez, 2015 Lisboa 18:39
    Ainda há muita gente a viver no enlevo deste Governo PS. Nota-se. O acordar poderá ser doloroso. Mas pode ser que eu me engane, e que o Dr. Centeno vá explicar à União Europeia o que o Dr. Varoufakis não conseguiu explicar! Ai Povo, Povo! Que pena me dá tanta cegueira.
  • Serrano
    17 dez, 2015 Guarda 18:30
    Costa esteve nos governos chefiados por Sócrates tendo ajudado a meter o país no fundo. Não entendo como pode agora vir colocar-se como salvador da Europa..... Há qualquer coisa que não bate certo.
  • Passos Coelho
    17 dez, 2015 Pt 18:09
    Está nervoso e com receio de ser desmascarado por incompetencia! É um autentico subserviente e cada vez mais se comprova isso! Sobreviveu não como politico mas como "yes man" do Schauble e dos interesses alemães. Empobreceu os portugueses e destruiu milhares de familias com a politica de emigração forçada! A história o julgará! A ele e ao seu acólito e oportunista Portas!
  • Sem duvida!
    17 dez, 2015 Port 17:44
    A falta de visão do anterior governo Passos/ Portas/Maria Luis, fizeram regredir Portugal 2 decadas. Trabalho arduo será preciso para reverter uma serie de areas como a social, a cultural, a economica e a cientifica do conhecimento e inovação. Tivemos 4 anos de atraso e empobrecimento.
  • Confiança
    17 dez, 2015 Lis 17:38
    E Esperança! É Homem politico para isso. Serio, perseverante, dedicado, sabedor e dialogante! Temos primeiro-ministro patriota que cuida dos interesses do país e dos portugueses e não dos seus proprios interesses. Claro wue irá ter grandes adversarios e inimigos viscerais. Força Antonio Costa!
  • Armando Afonso
    17 dez, 2015 QUINTA DO ANJO - PALMELA 17:22
    Ao sr. INDICADO, nome que a UE ainda não pode conhecer Para contribuir para a UE é preciso: 1.º - Ensinar a produzir porque, sendo Portugal o País em que mais tempo se "está no emprego" daí o produzir menos da terça parte da grande maioria dos parceiros Europeus. 2.º - Falinhas políticas ... ai se descobrem!... Disse

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