12 dez, 2015 - 00:00 • Fátima Casanova
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Sem surpresa, as escolas privadas continuam a ocupar os lugares cimeiros dos “rankings” em todos os níveis de ensino que exigem a realização de exames. O mesmo acontece no ensino secundário: o Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, repete a liderança.
A Renascença elaborou um “ranking” das melhores escolas do país, a partir dados divulgados pelo Ministério da Educação e tratados pelo jornal “Público”. No ensino secundário, a Renascença considerou apenas as escolas onde se realizaram mais de 100 exames no conjunto dos oito mais concorridos.
O Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, foi a instituição com melhor média e a única entre as mais de 600 escolas que conseguiu ultrapassar a barreira dos 15 valores.
Num ano em que as notas melhoraram, as escolas públicas continuam em queda no “ranking”. Nos primeiros 30 lugares, só estão quatro, menos uma do que no ano anterior e menos duas do que em 2013.
A melhor escola pública também está no Porto. A primeira escola pública do “ranking” aparece no 24.º lugar, quando em 2014 surgia no 21.º. Em 2015, o título de melhor pública pertence à Escola Básica e Secundária Clara de Resende, que nos últimos dois anos ocupou os outros dois lugares do pódio. Teve uma média de 12,73 em 416 exames realizados.
Com menos duas décimas, a Escola Secundária Infanta Dona Maria, em Coimbra, repete o segundo lugar. No terceiro posto está a Escola Secundária do Restelo, em Lisboa, com 12,65 de média. Subiu uma posição.
A melhor escola pública em 2014, a Raúl Proença, nas Caldas da Rainha, está agora no quinto lugar, com 12,40 de média, atrás da Escola Básica e Secundária da Batalha (12,41).
Esta é uma escola que se mantém nos primeiros cinco lugares da tabela, apesar de os seus dados de contexto a afastarem das outras que estão no “top 10” do “ranking” elaborado pela Renascença.
Quase metade dos alunos, que frequentam esta escola da Batalha, têm o apoio da acção social escolar. Em média, as habilitações dos pais não chegam aos oito anos de ensino. Uma situação muito diferente daquela que acontece nas outras escolas do “top 10” em que, em média, os pais têm mais de 13 anos de estudos e só um quinto dos alunos precisa de apoio.
As melhores escolas
O “ranking” é liderado pelo Colégio de Nossa Senhora do Rosário, no Porto, a única instituição de ensino com uma média superior a 15 valores (15,12) e que este ano repete a liderança.
Em segundo lugar está o Colégio da Rainha Santa Isabel, em Coimbra (14,76), que subiu do nono posto. O pódio fica completo com o Colégio São João de Brito, em Lisboa, que conseguiu uma média de 14,24, saltando do 17.º lugar.
Em síntese, no “ranking” deste ano, a melhor escola pública e a melhor privada estão no Porto, as segundas melhores pública e privada estão em Coimbra e as terceiras melhores pública e privada estão em Lisboa.
Olhando para as mais de 620 escolas secundárias, 210 tiveram média negativa, no conjunto dos oito exames mais concorridos (Matemática A, Matemática Aplicada às Ciências Sociais, Português, Biologia e Geologia, Física e Química, História, Filosofia e Geografia). Quinze delas ficaram, mesmo, abaixo dos oito valores, sendo que seis são privadas.
Nos exames de 2015 as notas continuaram a subir. Pela primeira vez, ultrapassou-se o patamar dos 15 valores, quando em 2013 nenhuma escola conseguiu atingir a média de 14 valores.
O Ministério da Educação não comenta a publicação dos "rankings". Refere que o site Infoescolas vai disponibilizar, a partir deste sábado, mais dados ao público em geral.