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PCP insiste no aumento do salário mínimo para 600 euros já em Janeiro

08 dez, 2015 - 22:51

Comunistas e Governo de António Costa em desacordo.

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O Partido Comunista pressiona o Governo em vésperas da reunião da concertação social. O PCP defende o aumento do salário mínimo para os 600 euros já em Janeiro.

É esse o objectivo de um projecto de resolução que os comunistas entregaram na Assembleia da República.

O Governo de António Costa só pretende aumentar o salário mínimo para 530 euros em 2016, valor que o PCP considera insuficiente, indica o líder parlamentar comunista, João Oliveira.

“O PCP assumiu um compromisso eleitoral de propor um aumento do salário mínimo para 600 euros, no dia 1 de Janeiro de 2016. Sabemos que o PS incorporou no seu programa de Governo uma outra perspectiva que aponta para que esse valor seja atingido apenas em 2019. Ainda assim, não deixamos de dar o nosso contributo para que essa discussão se fala a partir daquilo que é o nosso compromisso eleitoral e de uma perspectiva que julgamos justa de valorização dos salários e do salário mínimo”, afirma João Oliveira.

Os parceiros sociais reúnem-se na quinta-feira pela primeira vez com o novo Governo do PS, num encontro em que o aumento progressivo do salário mínimo nacional deverá estar em cima da mesa.

Na semana passada, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou no parlamento, na sessão de abertura da discussão do programa do XXI Governo Constitucional, que irá discutir o aumento progressivo do salário mínimo nacional para os 600 euros durante a legislatura nesta reunião de concertação social.

Portugal a meio da tabela do salário mínimo

Portugal está entre os países da União Europeia com salários mínimos mensais entre os 500 e os 1.000 euros, ficando a meio da tabela, na 11.ª posição, com uma remuneração mínima de 589 euros por mês.

De acordo com o Eurostat, a 1 de Janeiro de 2015, 22 dos 28 Estados-membros da União Europeia tinham salário mínimo, os quais oscilavam entre os 184 euros por mês na Bulgária e os 1.923 euros no Luxemburgo.

Em Portugal, o salário mínimo é de 505 euros mas - tal como em Espanha e na Grécia, por exemplo - é pago 14 vezes ao longo do ano. Assim, para garantir que os valores são comparáveis, o Eurostat considera um valor anual do salário mínimo, mas pago apenas em 12 meses, pelo que o valor para Portugal é de 589 euros.

Portugal está no grupo de países com salários mínimos mensais entre os 500 e os 1.000 euros, juntamente com a Grécia (684 euros), Malta (720 euros), Espanha (757 euros) e a Eslovénia (791 euros), sendo o país desta categoria com a remuneração mínima mensal mais baixa.

Com salários mínimos ainda mais baixos estão outros 10 países: a Bulgária (184 euros), a Roménia (218 euros), a Lituânia (300 euros), a República Checa (332 euros), a Hungria (333 euros), a Letónia (360 euros), a Eslováquia (380 euros), a Estónia (390 euros), a Croácia (396 euros) e a Polónia (410 euros).

No lado oposto da tabela estão os restantes sete países, que têm um salário mínimo superior aos 1.000 euros mensais, sendo o grupo liderado pelo Luxemburgo (1.923 euros), seguindo-se a Bélgica e a Holanda (1.502 euros), a Alemanha (1.473 euros), a Irlanda (1.462 euros), França (1.468 euros) e o Reino Unido (1.379 euros).

Comentários
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  • Ze
    10 dez, 2015 Porto 11:43
    Quanto a mim e devido a pouca produtividade e faltas ao trabalho, punha nos 300.00 e ja chegava. Depois ia aos funcionarios publicos e como nao fazem nada, reduzia 50% e punha os a ganhar conforme o rendimento assim eles e elas mechiam as perninhas e fechavam mais a matraka
  • Manuel Simao
    09 dez, 2015 Porto 17:14
    Alguém vai ter que engolir sapos. Por mim, punha o salário mínimo em € 750,00. Ou melhor, € 858,00.
  • ISIDORO FOITO
    09 dez, 2015 elvas 11:53
    o antonio costa quiz mesmo ser 1 primeiro ministro á força , ele devia saber que ao fazer uma aliança com o pcp que são mais ditadores que salazar , se retratavam na 1 opcao , pois os comunistas nunca podem ir a favor do governo porque assim acabam com os taxos aos seus sindicalistas , ou seja aos seus boys e com as manifestações , ha neste pais a volta de 20 mil sindicalistas a receber do estado mas a trabalhar para o pcp , por isso vamo-nos preparando para eleições na primavera e ver-mos os comunas a ficarem com 3 %de botos e os o b.e, igual e vamos ter maioria absuluta no ps
  • Luis
    09 dez, 2015 Lisboa 11:52
    600 euros grande fortuna de salário sinceramente com este valor mais vale nem ir trabalhar, como é que alguém com 600 euros consegue pagar impostos assim não vamos lá...
  • Artur Carvalho
    09 dez, 2015 Lisboa 11:49
    Força camarada Jerónimo que eu gemo...Sim, salário mínimo em mil euros por mês é o meu desejo e não os míseros 600 euros... Mas o camarada Jerónimo já perdeu a oportunidade pois a estriónica Catarina já acordou com o camarada Costa os € 525,00...Assim se vê a força do PC, camarada Arménio Carlos...:Mais umas greves e resolves isso Kamarada....
  • Luis Carlos
    09 dez, 2015 Leiria 11:35
    Se o salário mínimo não for para 0s 600€, conforme prometeu o PCP, jamais voltarei a votar no partido comunista e procurarei outro que defenda verdadeiramente a classe operária!
  • CARRASCO
    09 dez, 2015 BRAGA 11:17
    Francamente! Só se for um discurso para consumo interno do partido. Ao saber que faz e fazia parte das intenções do PS aumentar o SM gradualmente, agora vem com esse discurso depois de assinar acordo com o PS? Francamente!
  • Vasco
    09 dez, 2015 Santarém 10:59
    Queremos seis meses de trabalho, seis meses de férias e aumento de salário a dobrar, viva o PCP que não é farinha do mesmo saco e não vai engolir sapos.
  • 09 dez, 2015 Lisboa 10:40
    O JERONIMO DE SOUSA VAI PAGAR DO BOLSO DELE TODO O AUMENTO DA DESPESA QUE O PCP PROPÕE. ESTES GAJOS SÓ SABEM PEDIR AUMENTOS A TORTO E A DIREITO SEM SABEREM ONDE VÃO BUSCAR O DINHEIRO, É OS RACISMOS, É OS GAYS ENFIM!!!! CAMBADA DE IRRESPONSÁVEIS VÃO LIXAR O GOVERNO!!! E O POVO.
  • Maria fatima
    09 dez, 2015 leiria 05:10
    PCP: Queremos trabalhar um mês por ano. -Alentejano: E o mês de férias????

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