01 dez, 2015 - 21:16
O Ministério Público deduziu acusação contra 11 engenheiros e sete empresas, no âmbito do processo relacionado com a derrocada de um viaduto em Amarante que provocou um morto e oito feridos, em Março de 2010.
De acordo com uma nota publicada no site da Procuradoria-Geral Distrital do Porto, as empresas terão estado envolvidas "no processo construtivo do lanço de auto-estrada Amarante/Vila Real. Os engenheiros por conta daquelas empresas desempenharam funções na concepção, projecto e construção daquele lanço.
Segundo o Ministério Público, cada um dos arguidos responde pela alegada prática de dois crimes de infracção de regras de construção, um dos quais agravado.
A acusação reporta-se à queda do viaduto "PS1A", do nó de Geraldes, em Amarante, durante a operação de betonagem do seu tabuleiro, ocorrida no dia 10 de Março de 2010.
A vítima mortal seguia num automóvel no IP4 e foi atingida pela derrocada da infraestrutura.
Os ferimentos afectaram oito trabalhadores envolvidos na operação de betonagem.
De acordo com a acusação, "a queda do viaduto ficou a dever-se ao colapso da estrutura do cimbre que sustentava a cofragem, por via da sua fragilidade e da sua incapacidade para suportar o peso do material que lhe estava a ser colocado em cima no decurso da betonagem".
O Ministério Público considerou indiciado que aquela "insuficiência da estrutura teve na sua origem a falta de rigor técnico na elaboração do projecto do cimbre e nas sucessivas fiscalizações técnicas a que foi sujeito.