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Ministro reafirma que quer reduzir o défice e a dívida

28 nov, 2015 - 23:15

Mário Centeno deixou estas certezas no Algarve.

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O ministro das Finanças reafirma que o orçamento para 2016 vai ser apresentado "o mais depressa possível" e assume como compromisso do novo Governo prosseguir com a redução do défice orçamental e da dívida pública.

"Não é desejável que o país esteja um prolongado período sem a aprovação de um dos seus mais relevantes instrumentos de governação", afirmou Mário Centeno, sublinhando que deve ser objectivo essencial "de qualquer boa governação assegurar finanças públicas equilibradas".

O governante falava este sábado em Vilamoura durante o seu primeiro discurso público enquanto responsável pela pasta das Finanças, que coincidiu com o encerramento do segundo dia de trabalhos do Fórum Empresarial do Algarve, que decorre até domingo sob o tema "2020, Portugal e o mundo".

De acordo com Mário Centeno, o orçamento para 2016 pretende ser "o primeiro passo para o país poder atingir os objectivos" a que o novo Governo se propôs, nomeadamente, o aumento e a protecção dos rendimentos das famílias, o alívio da asfixia fiscal, melhores condições de investimento para a empresas e o combate à pobreza.

"A austeridade não gera crescimento nem a desvalorização interna gera prosperidade, antes debilitam a economia e a sociedade, esvaziando-as através da emigração e do aumento da componente importada do investimento, do consumo, das exportações", afirmou.

O novo ministro frisou ainda que o novo Governo "honrará todos os seus compromissos internacionais, em particular no quadro da União Europeia", considerando que o país necessita de iniciar um "período de convergência" com a UE.

De acordo com uma nota divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro, António Costa, o Governo do PS considera que "já se perdeu muito tempo" e apresentará uma proposta de Orçamento do Estado para 2016 "assim que possível", porque o "país precisa de ser governado e não de quezílias institucionais".

Mário Centeno aproveitou a presença de dezenas de empresários no evento para transmitir uma mensagem de tranquilidade e de confiança, frisando que o Governo inicia agora "um tempo novo".

Comentários
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  • Moisés
    29 nov, 2015 Egipto 21:36
    Lá diz o ditado: quem tem muito sorriso tem pouco juízo. Tenho a certeza de que este vai ser o primeiro a fugir. Boa noite.
  • julio
    29 nov, 2015 vila verde 17:16
    O que estes trafulhas dizem vão desbaratar tudo mas vão recuperar tudo tenham respeito pelos outros aldrabões
  • Alentejano
    29 nov, 2015 Évora 16:12
    Para " Para 1 Futuro melhor". Muito bem. Excelente comentário.
  • Alentejano
    29 nov, 2015 Évora 11:14
    Força Centeno! Mostra aos ressabiados de direita o que é ser um ministro das finanças competente e não uma mentirosa, como a ministra anterior.
  • Para 1 Futuro melhor
    29 nov, 2015 Lisboa 11:03
    Corroboro inteiramente com as afirmações de Mário Centeno. "A austeridade não gera crescimento nem a desvalorização interna gera prosperidade, antes debilitam a economia e a sociedade, esvaziando-as através da emigração e do aumento da componente importada do investimento, do consumo, das exportações". Que este novo governo, composto por pessoas largamente experientes e altamente qualificadas, nas suas diversas áreas, venha recuperar Portugal da autentica cratera para onde foi empurrado nos últimos 4 anos. Dia 7 de Dezembro vai ser transmitido na TV Alemã um documentário de um jornalista de investigação, sobre Portugal....Notícia da revista Visão: "Elogiado pelo sucesso da saída do resgate, em 2014, Portugal é exibido como aluno exemplar – uma espécie de contraponto à Grécia. Mas o documentário questiona se esse coro de elogios corresponderá à realidade e procura dar resposta a muitas interrogações. Como é que as empresas alemãs se tornaram as principais empregadoras no País? Terão elas encontrado em Portugal melhores condições do que na Alemanha? E o que tem isso a ver com as políticas da troika? Não se deveria mudar a medicação, quando o remédio prescrito pelo Governo alemão e pela troika aos países em crise tem efeitos secundários nefastos – mesmo num aluno exemplar como Portugal?"... Pois é, o que apresentam ao povo é uma coisa, mas os interesses por trás de algumas decisões, muitas vezes nem é para o fim do que apregoam, nem para beneficio de quem dizem...

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