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Dia 1. Cavaco ainda não acabou análise ao Governo de Costa

25 nov, 2015 - 08:56

Esta quarta-feira, surgem na imprensa algumas referências à alegada irritação do Presidente face à divulgação dos nomes do Executivo ainda antes da aprovação de Belém.

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O Presidente da República, Cavaco Silva, ainda está a analisar os nomes propostos por António Costa, primeiro-ministro indigitado, para o próximo Governo. Esta quarta-feira, surgem na imprensa algumas referências à alegada irritação do Presidente face à divulgação dos nomes do Executivo ainda antes da aprovação de Belém.

A nota enviada na terça-feira pela Presidência da República já dava a entender a insatisfação de Cavaco Silva na “indicação” do líder socialista, mas Antonio Costa não tardou em enviar a lista de nomes que pretende que tutelem as pastas do Governo.

A palavra final será do Presidente. Prevê-se que uma nova reunião entre ambos seja agendada para breve.

Duas semanas depois, a indigitação

O secretário-geral do PS, António Costa, foi indigitado duas semanas depois da queda do Governo PSD/CDS.

Conhecida a decisão do chefe de Estado, o porta-voz dos sociais-democratas, Marco António Costa, afirmou, em conferência de imprensa, que o futuro Governo socialista não contará com o apoio do seu partido. Já o CDS-PP, através do seu líder parlamentar Nuno Magalhães, disse que o PS vai ser "responsável pelos efeitos preocupantes".

O presidente do PS, Carlos César, manifestou-se confiante num bom relacionamento institucional entre o Governo, a Assembleia da República e o Presidente da República, dizendo que as divergências com Cavaco Silva pertencem ao passado.

A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, congratulou-se com o "novo ciclo", mas lembrou que o "grande desafio" para melhorar a vida dos portugueses começa agora, enquanto o PCP, através do seu líder parlamentar João Oliveira, sublinhou que Cavaco Silva tentou até "ao último momento manter o PSD e o CDS-PP no poder".

A líder parlamentar do Partido Ecologista "Os Verdes" reafirmou a "perda de tempo" protagonizada pelo chefe de Estado para indigitar António Costa.

A reacção na pré-campanha presidencial

Com o impasse político para a indigitação de um novo primeiro-ministro a dominar a pré-campanha para as presidenciais de 24 de Janeiro, os candidatos também reagiram à decisão de António Costa. Marcelo Rebelo de Sousa desejou as "maiores felicidades" a António Costa, considerando que "é bom que corra bem este Governo, para que corra bem em Portugal".

A candidata Maria de Belém disse esperar que o Governo liderado por António Costa tenha como preocupação a qualidade de vida dos portugueses e que o Orçamento de Estado seja aprovado com celeridade.

Para Sampaio da Nóvoa, outro candidato presidencial, a indigitação de António Costa era "certa e inevitável" e disse que existem todas as condições para Portugal ter "um bom Governo, um bom programa e um bom orçamento".

Marisa Matias, candidata presidencial apoiada pelo Bloco de Esquerda, disse que Cavaco Silva "decidiu finalmente ser Presidente da República" e que decidiu fazer o que "já devia ter feito há muito tempo". O candidato presidencial apoiado pelo PCP, Edgar Silva, afirmou que "estão criadas condições" para que o Governo e a Assembleia da República legislem no sentido de "devolver" aos portugueses "direitos usurpados".

Para o candidato Paulo Morais, é importante que António Costa "apresente com celeridade" um Governo "com personalidades idóneas e desligadas de interesses económicos".

Já o candidato presidencial Henrique Neto comprometeu-se a convocar eleições antecipadas caso o PS e a maioria parlamentar não apresente "garantias claras" de um bom Governo para a legislatura.

O candidato presidencial Cândido Ferreira desejou as "maiores felicidades" ao primeiro-ministro indigitado, António Costa, e considerou que a sua nomeação era inevitável dentro no novo quadro parlamentar.

Comentários
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  • Flávia Gomes
    25 nov, 2015 Sintra 14:20
    Este PS de costa e do Cezar é tão ranhoso que nem teve a gentileza de dar em primeira mão ao PRESIDENTE a lista dos Ministros,mas fez-lo primeira à Comunicação Social.Isto é a prova provada do mau carácter dos actuais dirigentes do PS.Ele quer mais uma ajuda a Comunicação Social,porque sabe que os dois partidos que o apoiam são falsos em tudo e a qualquer momento tiram-lhe a cadeira.Mas de desfeita em desfeita vão tentar em concluíu com a C.S. fazer do Presidente o mau da fita como vem acontecendo.
  • Enxota o cao
    25 nov, 2015 ~setubal 12:46
    Fiquei surpreendido com a falta de vergonha daquele artista que dá pelo nome de Marco Tarek Azize Costa quando vem dizer que o seu partido não apoia o governo Isto reflete bem o nsentido de estado deste energúmeno que ao não ser ele, mais ninguém tem direito. Pois os portugueses sabem que a tua reação é de medo, medo de ires parar a Évora em face das canalhices (estou a citar a imprensa) que cometeste em Gaia. Foge-te o chão debaixo dos pés. Cá se fazem e cá se pagam. Aguarda
  • 25 nov, 2015 09:59
    Ainda está a analisar os nomes? E está irritado...
  • A intriga
    25 nov, 2015 Lx 09:47
    Dos media afectos à direita, só mostram que pretendem provocar a crispação na sociedade. Dois pesos e duas medidas. Quando querem saber, fazem fitas, quando sabem, lançam o intriguismo para provocarem a confusão. É uma tristeza e uma falta de etica profissional para uma informação decente e imparcial.

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