24 nov, 2015 - 17:06 • Paula Caeiro Varela
O congresso do PSD foi adiado de Fevereiro para Abril para pressionar o próximo Presidente da República a marcar eleições legislativas antecipadas.
A reunião magna social-democrata vai começar a 1 de Abril e terminar a 3, véspera do primeiro dia a partir do qual o Parlamento pode ser dissolvido.
A alteração de datas, avançada à Renascença por fontes sociais-democratas, tem um leitura política: o congresso servirá de lançamento do combate pela convocação de eleições antecipadas.
A reunião magna do PSD devia ocorrer em Fevereiro, dois anos depois do último congresso. O adiamento para Abril, já decidido pela direcção social-democrata, será ratificado no Conselho Nacional de 10 de Dezembro, a mesma reunião onde será aprovado o apoio do PSD à candidatura presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa.
Ao fazer coincidir o seu congresso com o fim do “semestre branco” (os seis meses após as eleições legislativas durante os quais a Assembleia da República não pode ser dissolvida), o PSD vai, assim, pressionar o próximo Presidente da República a convocar eleições antecipadas, como aliás sociais-democratas e o CDS já têm vindo a pedir.
Um mês antes do congresso, em Março, vão ter lugar as eleições directas para presidente do PSD, para as quais Pedro Passos Coelho se irá recandidatar e nas quais não tem, por enquanto, concorrência prevista.