11 nov, 2015 - 01:22 • Raquel Abecasis
O líder da CGTP diz, em entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença, que “a questão do salário mínimo nacional é uma questão que tem que ser tratada" pelo possível Governo de esquerda, tal como outra, a "contratação colectiva”.
"Não aceitamos que um programa do Governo não tenha como objectivo redinamizar todo o processo de negociação da contratação colectiva. Esta questão da contratação colectiva não consta em nenhum documento e tem que constar", diz.
Nesta entrevista à Renascença, Arménio Carlos assume que o acordo assinado entre PS e PCP é “um acordo mínimo” e que tudo o resto tem que ser negociado caso a caso.
“O acordo é mínimo para salvaguardar o respeito pelas diferenças políticas e ideológicas que existem entre os diversos partidos porque cada um tem o seu programa. Havia algumas matérias que podiam ser elementos de convergência para assegurar o funcionamento de um Governo. As outras matérias iam-se trabalhando regularmente, de acordo com os interesses de todos para dar resposta aos interesses do país, refere.
Quanto à CGTP, a central sindical tenciona privilegiar “a negociação bilateral com o Governo” já que, na concertação social, “as confederações patronais adquiriram um conjunto de privilégios durante o período de Governo do PSD e CDS e já deixaram a indicação que não querem perder, nem querem ceder uma linha”.
Comentando a actual situação política, Arménio Carlos refere que “a direita está em estado de choque porque perdeu o poder”.