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Cavaco dá posse a Governo "legítimo" e diz que não recebeu propostas alternativas

30 out, 2015 - 12:47 • Cristina Nascimento

Na cerimónia de tomada de posse do Governo, o PR disse que os "portugueses manifestaram-se de forma inequívoca": apoiaram a "opção europeia".

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Cavaco dá posse a Governo "legítimo"
Cavaco dá posse a Governo "legítimo"

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O Presidente da República deu posse esta sexta-feira ao XX Governo Constitucional e afirmou que o novo Executivo tem "plena legitimidade constitucional", "legitimidade que conquistou nas urnas".

Esta ideia, lembrou Cavaco Silva, já tinha sido proferida por ocasião da tomada de posse do executivo que resultou das eleições de 2009. Na altura, Cavaco deu posse ao Governo minoritário liderado pelo socialista José Sócrates.

Na cerimónia desta sexta-feira no Palácio da Ajuda, em Lisboa, Cavaco afirmou ainda que "até ao momento da indigitação" de Pedro Passos Coelho não lhe tinha sido "apresentada por parte das outras políticas uma solução alternativa estável e credível".

Portugueses quiseram "opção europeia"

Em 40 anos de democracia, lembrou, a responsabilidade de governar sempre coube a quem ganhou as eleições, mesmo quando a força política vencedora não obteve a maioria dos deputados à Assembleia da República.

O Presidente considerou que os "portugueses manifestaram-se de forma inequívoca" e apoiaram a "opção europeia". "Sem estabilidade política, Portugal tornar-se-á um país ingovernável. E, como é evidente, ninguém confia num país ingovernável", sublinhou.

Prometeu "lealdade institucional" ao novo Governo, sublinhando que a ausência de maioria "não é, por si só, um elemento perturbador da governabilidade".

O Presidente disse ainda que o novo Governo "inicia funções num tempo de grande exigência que requer de todos um elevado sentido de responsabilidade", lembrando os actuais níveis de desemprego e os difíceis compromissos financeiros que Portugal tem pela frente.

Um Governo, 53 elementos

Cavaco Silva deu posse a Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro e ao seu executivo de 16 ministros e 36 secretários de Estado.

No total, o novo Governo tem 53 elementos, menos um do que a composição do anterior, que contava com 15 ministros e 39 secretários de Estado.

Após a tomada de posse, o executivo reúne-se em Conselho de Ministros às 15h30.

A maioria de esquerda no parlamento, composta por PS, BE e PCP, já anunciou a apresentação de moções de rejeição ao programa do Governo, que é discutido a 9 e 10 de Novembro na Assembleia da República, momento para o qual reservaram também a apresentação do acordo que têm vindo a negociar com vista à criação de um Governo alternativo.

Da maioria de esquerda, apenas o PS se faz representar na tomada de posse no Palácio da Ajuda, em Lisboa, através do vice-presidente da bancada e membro do Secretariado Nacional, João Galamba.


Comentários
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  • Horacio
    06 nov, 2015 Lisboa 08:11
    Como não dependo de Portugal para nada acho isto tudo engraçado. Acho incrível as pessoas não entenderem que ao apoiarem as ambições políticas da esquerda estão a se prejudicar. Não é segredo para ninguém no mundo que neste momento Portugal tem de continuar as políticas impostas por a troika e que estão finalmente a surtir alguns resultados práticos. No mínimo o país conquistou a duras penas credibilidade . Apoiar a esquerda não vai mudar o facto de Portugal precisar de se financiar e precisar de investimentos a única coisa que muda é que terá que pagar mais caro .quanto maior a desconfiança mais tempo vai demorar a recuperação econômica e menos investimento acontece no país. Ou seja menos emprego menos desenvolvimento e mais pobreza . Quem é mais afetado e a população mais pobre, justamente aqueles que mais necessitam de emprego e estabilidade econômica. Os políticos do PS deviam de ajudar o país fazendo uma oposição responsável porque os eleitores deles são os que vão sofrer mais se eles criarem instabilidade.
  • ALDRA!
    01 nov, 2015 pt 17:50
    Não recebeu propostas legitimas? Isso é o que ele diz!...Acreditam? E por acaso, no caso de não ter recebido, também as solicitou, para analisar?
  • PORTUGUÊS
    30 out, 2015 BELÉM PARÁ BRASIL 19:07
    PARA "ESTE PR"OCESSO, QUE É A ELEIÇÃO, A ESCOLHA DOS CANDIDATOS, O RUÍM É A MEMÓRIA CURTA OU FALTA DELA.
  • CAMINHANTE
    30 out, 2015 LISBOA 17:27
    Mesmo não suportando o actual PR, quem tiver o mínimo de honestidade intelectual tem de reconhecer que. desta vez, nesta afirmação, o Prof Cavaco Silva disse o que é um facto - para além da ameaça de irem demitir o Governo, ninguém, absolutamente ninguém, apresentou ainda uma única proposta alternativa... e um actual emérito representante do PS acabou de afirmar à imprensa que o acordo será conclusivo quando tiver terminado ( ou seja ainda não há acordo, logo nenhuma proposta a apresentar) -ah! como é mais que óbvio, tudo só é conclusivo quando termina... grande génio a proferir tal "conclusão"... há cada um...
  • Ao Alexandre
    30 out, 2015 Pt 16:32
    O que vocês queriam era conhecer o acordo de entendimento dos partidos de esquerda, antes de tempo para começarem a intriguice como fizeram antes das eleições com o programa eleitoral do PS! O vosso escondido ou inexistente, nem foi discutido! Agora têm de aguentar pela oportunidade. Nem sempre vence a xico-espertice!
  • Este PR
    30 out, 2015 Lx 16:25
    De alguns portugueses, seus correligionarios, para mentiroso não lhe falta nada! Não sei se foi o afilhado Passos, que aprendeu com ele ou vice-versa.
  • Paulo
    30 out, 2015 vfxira 14:37
    Se o antigo governo da coligação governou tão bem.....porque não teve a maioria? Porque o povo deu maioria aos outros partidos?E coligações podem-se fazer de diversas maneiras ou não?
  • Alexandre
    30 out, 2015 Estoril 14:27
    E não lhe vai ser "apresentada por parte das outras políticas uma solução alternativa estável e credível" simplesmente porque não há. Os partidos da esquerda só têm 3 pontos a uni-los: impedir a PAF de governar, acabar com as taxas do aborto e dar o direito de adopção aos casais homossexuais. Tirando isso, as intermináveis reuniões e o programa conjunto que nunca mais está pronto são prova de que nada mais bate certo.
  • Mota
    30 out, 2015 Aveiro 14:11
    A maioria popular está a manifestar-se no parlamento através dos seus deputados eleitos. É já hoje previsivel o que irá ocorrer no parlamento daqui a uns dias quando cada deputado avaliar o programa de governo. A um lider pede-se liderança a capacidade de antevisão. Daqui por um mês, e olhando para trás julgo que se irá reconhecer que este XX governo foi um rotundo erro. Cavaco, não é lider.
  • xpto
    30 out, 2015 Braga 13:50
    O respeito ao Presidente da Republica deve ser uma obrigação de todos nós, mas "valha-me deus", este merece? Diz o que lhe vai na alma e mostra falta de respeito para com os Portugueses...

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