09 out, 2015 - 13:57 • Cristina Nascimento , João Cunha
A Marinha e a Autoridade Marítima Nacional reafirmam que as decisões tomadas na operação de socorro ao arrastão "Olívia Ribau" foram "inequivocamente as mais adequadas face a todos os factores presentes". É o que se lê no esclarecimento emitido esta sexta-feira, depois de terem sido feitas várias críticas à actuação das autoridades no caso do naufrágio, ao largo da Figueira da Foz.
A embarcação transportava sete pescadores: dois foram salvos, três morreram e ainda há dois desaparecidos. As operações de busca, que ainda decorrem, tiveram início mais de uma hora e meia depois de ter sido dado o alarme.
À Renascença, o comandante da Autoridade Marítima, Nuno Leitão garante que foi o mais cedo possível. "Infelizmente não conseguimos chegar mais cedo mas isso teve a ver com vários factores, desde a empregabilidade do meio adequado para chegar lá e as condicionantes de mau tempo, porque nós para podermos salvar não podemos criar situações de mais vítimas."
A Autoridade Marítima garante ainda que a utilização de um semi-rígido foi o mais adequado para o cenário em causa e que a embarcação esteve sempre disponível, como aliás atestam as imagens recolhidas no local.
A mesma nota volta a "lamentar as vidas perdidas" e relembra a necessidade dos pescadores também tomarem "medidas de protecção", como por exemplo, o uso de coletes salva-vidas.
No comunicado lê-se ainda que a Marinha e a Autoridade Marítima, “após qualquer operação de socorro, realizam uma avaliação com o objectivo de identificar lições aprendidas e/ou apurar possíveis responsabilidades”.
O arrastão "Olívia Ribau", com mais de 20 metros, naufragou a 6 de Outubro, cerca das 19h00, à entrada do porto da Figueira da Foz.