04 out, 2015 - 19:23
Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) exigem uma investigação independente ao ataque contra um hospital da organização, no Afeganistão, que classificam de crime de guerra.
A organização não-governamental não confia na investigação aberta pelas Forças Armadas dos Estados Unidos, que terão sido responsáveis pelo bombardeamento.
“Com a clara presunção de que foi cometido um crime de guerra, os Médicos Sem Fronteiras exigem que uma investigação total e transparente seja conduzida por uma entidade internacional independente”, afirma o director-geral dos MSF, Christopher Stokes, em comunicado.
De acordo com o mesmo responsável, “confiar apenas numa investigação interna, conduzida por uma das partes do conflito, seria totalmente insuficiente”.
Os Médicos Sem Fronteiras não especificaram que organização internacional aceitam para realizar a investigação.
O hospital dos MSF em Kunduz, no Norte do Afeganistão, foi alvo de um ataque aéreo no sábado, que provocou a morte a 22 pessoas.
O bombardeamento está a ser atribuído aos Estados Unidos, que prometem uma investigação rigorosa ao incidente.
Na última semana, Kunduz tem sido alvo de violentos combates entre os rebeldes talibã e as forças da coligação internacional.