02 out, 2015 - 11:30 • Susana Madureira Martins , Catarina Santos
António Costa mostra-se confiante no resultado eleitoral de domingo. Apesar de nesta altura todas as sondagens publicadas pelos meios de comunicação serem favoráveis à coligação, em entrevista à Renascença, o candidato do PS a primeiro-ministro garante que os sinais que tem “tido na rua ao longo destas semanas e sobretudos nos últimos dias só" o "confortam”.
Costa fala de uma “indiscutível vontade de uma grande mudança”, embora reconheça que essa vontade de mudança tenha atravessado “um momento de hesitação”. Ainda assim, o socialista acredita que “quanto mais as pessoas são confrontadas com a necessidade de escolher e decidir, farão a escolha prudente, que é votar no PS”.
António Costa admite que haja “receio de mudar” e que foi para combater esses medos que o PS procurou apresentar-se como uma alternativa “com muita seriedade, com muito rigor, com as contas feitas para poder reforçar a confiança para virarmos esta página”.
Nesta entrevista à Renascença, Costa garante que o PS não vai meter-se em “aventuras”. Sem referir Sócrates, diz que não haverá um regresso a “situações que aconteceram no passado e que são irrepetíveis no futuro”.
Sobre as declarações de Cavaco e as dúvidas sobre quem será convidado a formar governo (se o partido mais votado, se o partido que conseguir eleger mais deputados), Costa prefere não alongar-se em comentários, mas alude a questões de estabilidade.
“A última coisa que o país precisa, para além desta crise financeira e económica, é agora uma crise política, incertezas sobre o seu futuro”, afirma.
"A melhor forma de cada português não deixar nem nas mãos do Presidente da República, nem dos jogos parlamentares a formação do governo, é votarem claramente no PS."
Olhando para os cenários pós-eleitorais, Costa garante que não exclui “nenhuma força política da necessidade de fazer parte do diálogo”, mostrando disponibilidade em conversar com qualquer partido que venha a ter assento parlamentar.
Costa considera-se um “gerador de consensos e um construtor de soluções”, lembrando que já deu provas quer como ministro, quer como presidente da câmara.